MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Região

Empresa desiste de projeto de mineração próximo ao Rio Camaquã

Em 15/02/2022 às 10:30h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Empresa desiste de projeto de mineração próximo ao Rio Camaquã | Região | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Estrutura buscava a extração de chumbo, cobre e zinco Divulgação

A Nexa Resources, controlada pela Votorantim S.A., desistiu de abrir uma mina para ​​extrair cobre, chumbo e zinco a cerca de 800 metros do Rio Camaquã, na localidade de Guaritas, em Caçapava do Sul, na Campanha gaúcha. A companhia solicitou o arquivamento da licença à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) em novembro de 2021, mas não fez nenhum comunicado oficial da saída - a definição acabou sendo repercutida na semana passada.

O “Projeto Caçapava do Sul” previa a implantação de uma mina, às margens do rio Camaquã, para a produção de 36 mil toneladas de chumbo, 16 mil toneladas de zinco e cinco mil toneladas de cobre, por ano. As empresas responsáveis pelo projeto garantiam que o empreendimento era sustentável e não oferecia nenhum risco para o meio ambiente. Moradores da região, no entanto, desconfiaram dessa promessa de segurança, lembrando os efeitos do vazamento de mercúrio nas instalações da antiga Companhia Riograndense do Cobre, nas Minas do Camaquã, que ocorreu em 1981, deixando sequelas em diversas cidades. E, desse modo, iniciaram uma mobilização contra o mesmo em 2016.

Agora, a presidente da Associação para Grandeza e União de Palmas (AGrUPa), Vera Colares, destaca que os moradores estão felizes. “Agora poderemos nos dedicar com mais profundidade a cuidar dos assuntos da comunidade. É uma vitória muito emblemática porque mostrou que é possível enfrentar um adversário poderoso se houver união na sociedade. Isso nos dá forças e serve de exemplo para as futuras gerações, as crianças de hoje, que enfrentarão os ataques ao nosso território no futuro. Continuaremos sempre vigilantes e contamos com a manutenção dessa imensa rede de pessoas que se formou em prol da causa do Camaquã para rechaçar outras ameaças que rondam por aí, como por exemplo as hidrelétricas e os projetos de Megamineração que atingem outras comunidades”, explicou.

Já a coordenadora da União pela Preservação do Rio Camaquã, Márcia Colores, destaca que desde que tomaram conhecimento do projeto, em meados de 2016, se dedicaram a combatê-lo todos os dias, literalmente. “É um grande alívio tomarmos conhecimento da desistência da empresa e por outro lado um grande incentivo, porque demonstrou que a sociedade organizada tem uma força incalculável. Nesses longos 5 anos de luta contra o projeto ficou evidente também o grande amor que a população gaúcha tem pelo Pampa, dada a grande receptividade que tivemos em todos os municípios do Rio Grande do Sul que visitamos e divulgamos a causa”, salientou.

Márcia ainda comenta que sempre foram acolhidos, incentivados e ajudados nessa mobilização, seja na organização de eventos, seja na divulgação na imprensa e apoio geral das pessoas. “Essa foi uma mobilização que começou aqui e se espalhou pelos municípios da Bacia do Camaquã, mas posteriormente estendeu-se por todo o Rio Grande do Sul e além. Agradecemos a todos que estiveram conosco, destacando o imenso apoio e ajuda que tivemos, em que cada pessoa emprestou o seu talento para que tivéssemos esse resultado. Foi um grande ensinamento pra nós e uma grande vitória da sociedade gaúcha, demonstrando que a população organizada pode ter conquistas incríveis, como essa, o que esperamos se repita em outros casos. Ressalto que esse grupo continuará trabalhando unido, porque essa não é a única ameaça ao Pampa gaúcho, uma vez que existem outros projetos de mineração e também a previsão de hidrelétricas para o Rio Camaquã. Estamos imensamente felizes, mas continuamos organizados e atentos, porque o Pampa e o Camaquã valem qualquer esforço”, completou.

A AGrUPa é uma associação de cunho regional e até nacional, porque tem a categoria principal de associados, que são os pecuaristas e agricultores da região, mas também a categoria de apoiadores com conhecimento científico, artístico, basicamente toda pessoa que quiser se associar e contribuir com a associação, pode se associar, conforme estatuto.

 

 

Galeria de Imagens
Leia também em Região
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br