Região
Cideja e Sindicato dos Trabalhadores Rurais buscam recursos para implantar Escola Família Agrícola
por Jaqueline Muza
A extinta Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Hulha Negra, está sendo pleiteada para se tornar uma Escola Família Agrícola (EFA) - Campanha. A articulação está sendo feita pelo Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja ) e pelo Sindicado dos Trabalhadores Rurais - Regional Sindical Fronteira de Bagé. Na terça-feira, dia 1º, inclusive, mais um passo foi dado para a implantação.
As Escolas Família Agrícola (EFA) são escolas comunitárias geridas pela associação de moradores e sindicatos rurais vinculados à comunidade. A metodologia utilizada nas EFAs é a pedagogia da alternância onde o/a estudante vivência, por um período, o tempo escola e, por outro, o tempo comunidade. A área da Fepagro foi solicitada a Secretaria da Agricultura, em novembro do ano passado, por representantes do Cideja. O grupo pediu a doação de um espaço da fundação para a instalação. Nesta semana, a caomissão esteve no local para conhecer a infraestrutura e também vislumbrando as possíveis melhorias, reformas e implantações que as futuras instalações necessitam para acolher os alunos.
De acordo com a Secretaria Executiva da presidência do Cideja, Liziane Jardim, este é o terceiro passo dado para que a EFA seja implantada. Ela explica que, no primeiro momento, foi discutida a necessidade da criação, trazida pelas comunidades. Depois foi realizada uma reunião entre o movimento sindical e autoridades dos municípios para a discussão e criação da comissão. "Os prefeitos de Candiota, Luiz Carlos Folador, e de Hulha Negra, Renato Machado, estão dando todo o apoio para a implantação", disse.
Conforme o presidente do STR Sindical fronteira, Milton Brasil, hoje é possível visualizar o que pode ser um grande marco para melhorias e avanços de agricultores e pecuaristas familiares da fronteira. "As instalações contam com mais de 20 prédios contendo salas de aula, laboratório, mecanização agrícola, alojamentos entre outros e mais de 600 hectares de extensão territorial", comenta.
Segundo Liziane, o próximo passo é a cedência da área e, após, formar uma associação com municipios do Cideja. As prefeituras já estão articulando a liberação do Governo do Estado, bem como do Ministério da Educação (Mec). "O local está há muito tempo fechado e necessitamos de alojamentos, cozinha, refeitório, espaço de convivência e área pra desenvolver a parte técnica", comenta a Secretária.