Esportes
Em solo europeu, atleta brasileiro de jiu-jitsu mira participação em mundial
por Yuri Cougo Dias
O jiu-jitsu brasileiro sempre teve a fama de revelar grandes atletas que, independente de onde estivessem, sempre representaram com resultados positivos o país e a modalidade. Um dos exemplos que se encaixa nesse contexto é o de Jean Pierre Villagran dos Santos, 42 anos. Natural de Porto Alegre, o atleta mora fora do Brasil há mais de uma década, com destaque em solo europeu. Para as próximas temporadas, mira voos ainda maiores, até mesmo, a nível mundial.
Por cerca de 10 anos, Villagran morou em Portugal. E foi em solo português que embalou na prática do jiu-jitsu. Recentemente, mudou-se para Manchester, na Inglaterra. Com os efeitos ocasionados pela pandemia e o lockdown, teve os treinamentos abandonados por um período. Mas, desde o segundo semestre de 2021, voltou às atividades e planeja evoluir ainda mais nas competições da modalidade. Um dos apoiadores de Villagran, inclusive, é o Grupo Savar, com atuação de mercado em Bagé. “No Brasil, fiz pouco tempo jiu-jitsu. Fazia faculdade de Medicina e não tinha tempo. Como a vida no exterior é um pouco diferente, voltei a treinar e comecei a competir”, salienta.
Faixa marrom, Villagran acabou não passando para preta, em função da suspensão dos treinamentos por causa da pandemia. Entretanto, com o retorno das atividades, este é um dos seus objetivos. A nível de competições, dezenas de resultados já foram obtidos ao longo da carreira. Porém, os destaques ficam para os títulos nacionais na Inglaterra, Espanha, Portugal e, principalmente, o Campeonato Europeu.
Agora, a principal meta é a participação no Campeonato Mundial. Autônomo (trabalha como courier de longas distâncias), Villagran enxerga o jiu-jitsu como uma grande ferramenta de inclusão. “Foi onde me descobri como atleta, com uma idade que já não pensava ser possível, mas esta arte marcial me prova todos os dias que somos capazes, não há limitadores. Os títulos vieram com muito esforço, é verdade, pois, infelizmente, ainda é um esporte que carece de maior profissionalização e visibilidade. Acho que conciliar trabalho, família e o jiu-jitsu acaba por ser o maior desafio”, conclui.