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Apresentação de doma racional integra novo roteiro de turismo em Bagé

Em 26/04/2022 às 08:05h
Melissa Louçan

por Melissa Louçan

Apresentação de doma racional integra novo roteiro de turismo em Bagé | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Manejo mais cuidadoso dos animais é destaque na Cabanha Costanera Foto: Tiago Rolim de Moura

Não são apenas as paisagens, gastronomia e vinhedos que tornam a região do Pampa tão interessante para quem vem de fora. Os costumes do homem do campo também são alguns dos grandes atrativos para entender a cultura gaúcha. E esses fatores unidos são o grande motor propulsor do turismo regional.

Inclusive, os costumes e lida campeira ganharam foco em um roteiro turístico realizado neste final de semana. Após visitarem os vinhedos e restaurantes locais, e descobrirem um pouco mais sobre o Rio Grande do Sul e do município através da arquitetura histórica local, um grupo de cerca de 10 turistas recebeu orientações sobre uma das atividades mais tradicionais exercidas nas propriedades rurais: a doma de cavalos.

Os equinos, além de fazer parte da identidade cultural do gaúcho, têm grande relevância na lida campeira, como montaria e forma de deslocamento para o peão, quanto na economia, como forma de investimento para concursos de morfologia e técnica. Em ambas as situações, a doma é uma atividade preponderante, que adapta o animal ao contato humano. Contudo, existem diferentes formas de exercer essa adaptação.

O modo tradicional, ainda utilizado na região, é mais rústico e costuma ser encarado de forma mais agressiva pelos animais. Já a doma racional adestra os animais sem uso de violência, com uma abordagem mais racional através de um sistema de acertos e recompensas.

A doma racional de cavalos foi criada nos Estados Unidos, na década de 1950, e tem como principal expoente Monty Roberts. Inclusive, a técnica utilizada por ele inspirou o adestramento de animais realizado na Cabanha Costanera, por onde já passaram, desde 2003, mais de 200 animais.

O proprietário, Fausto Betanzo da Costa, explica que a abordagem na Cabanha começou há alguns anos, quando uma discípula alemã de Monty Roberts realizou um curso no Brasil. Foi através deste curso que começou a enxergar uma abordagem mais gentil com os animais, através de comandos claros e recompensas. “Buscou-se essa formação via ensinamentos do Monty Roberts e outros treinadores, como Jango Salgado, que mantinham esse tipo de doma racional. Essa técnica faz com que a gente tenha um resultado melhor em detrimento da doma tradicional”, explica ele.

Costa explica que, por ser um número pequeno de animais, é possível inserir as técnicas de doma em potros desde o desmame, com o amanunciar junto à égua - processo inicial de amansamento, acostumando o animal com a presença do treinador. “Procurar essa mansidão, aptidão funcional sem pisar os animais é nosso objetivo, para trabalhar com animais muito dóceis, de fácil manejo, para que não tenhamos problema na abordagem dos animais adultos”, destaca.

Responsável pela agência de turismo receptivo Rotas da Terra, Elisabeth Drumm comenta que a agência tem buscado apresentar um pouco mais de perto as lidas e costumes campeiros aos turistas, que vêm à região interessados em conhecer os produtos da terra, como vinhos, gastronomia e azeites. “Quando se fala em turismo no Pampa, logo se é remetido à questão da tradição do gaúcho, como o manejo de cavalos, principalmente através da figura masculina, e o artesanato, representado, geralmente, pela figura feminina”, destaca.

Hospedagem junto às vinícolas é uma das sugestões dos visitantes

Mas não só de cultura vive um turista. O que encantou o administrador de empresas curitibano Eustache Jean Tsiflidis Jr. foi a rota dos vinhos da Campanha. A visita do feriadão foi a segunda realizada pelo curitibano, que conheceu Bagé em novembro de 2020, em busca da produção de vinhos da região. Ele conta que após explorar a região da Serra Gaúcha e Vale dos Vinhedos, decidiu experimentar a produção vinícola da Campanha. Assim, escolheu a região para visitar em 2020.

Tsiflidis Jr. conta que, encantando com a beleza natural da região, a hospitalidade do povo, resolveu retornar neste ano. E notou um avanço na questão da receptividade, com empresas mais bem preparadas para receber os turistas e com maior número de atrativos. 

A visita à cabanha foi uma delas, já que além de mergulhar fundo na gastronomia e vinicultura do Pampa durante o final de semana, ainda teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a atividade tradicional integrante da identidade do povo gaúcho. “Neste mais de um ano, é possível ver como evoluiu, com as empresas se preparando melhor, deixando condição receptiva mais confortável, mais turística. E o potencial daqui é enorme”, declarou.

Ele conta que, inclusive, já deixou a sugestão para as vinícolas investirem, também, em hospedagem - inclusive, ele já projeta um retorno para explorar ainda mais essas potencialidades. “Eu falei para um dos empresários que visitamos (do ramo dos vinhos) para investir em chalés, para receber turistas na própria vinícola. Ter uma experiência completa seria muito legal. Bagé já tem a beleza da região, tem a hospitalidade típica do gaúcho, tem a história e estão fazendo vinhos bons. É fantástico isso”, destaca.

 

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