Cidade
Feira de Ciências mobiliza estudantes da escola Arthur Damé
por Melissa Louçan
As aulas de ciência se tornaram práticas e mais divertidas para cerca de 100 estudantes da Escola Estadual Ensino Fundamental Arthur Dame. Ocorrida na quinta-feira, dia 30, uma Feira despertou atenção e curiosidade em toda a comunidade escolar - não só entre os alunos, mas também junto aos professores.
Professora de Ciências da escola, Mariana Azeredo Silveira, idealizadora e organizadora do evento, explica que a atividade foi realizada entre as turmas de 6º e 9º Anos, que escolheram diversas temáticas dentro do tema de Ciências para trabalhar: natureza, reciclagem, eletricidade, fenômenos naturais e alimentação foram algumas das atividades vistas no local.
Mariana destaca que os estudantes adoraram a proposta e empenharam-se para desenvolver trabalhos de qualidade. “Optamos por não fazer uma Feira de competição, então não vamos premiar ninguém neste ano porque não queríamos gerar frustrações. Tudo foi feito sem pressão, no tempo deles, até para ver como seria a recepção do projeto”, explica.
Um dos trabalhos que chamou a atenção dos estudantes foi a maquete de um condomínio e a geração de energia elétrica necessária para abastecê-lo. O projeto foi elaborado pelos estudantes do 8º Ano Guilherme Lopes Saraiva, de 14 anos, Aldiere Gonçalves Ramos, 14, Cristopher Franco, 13, Braio da Silva, 16, e Raí da Silva, 14. A montagem foi realizada em cerca de um mês e meio e utilizou, em grande parte, produtos que os estudantes já possuíam em casa, como palitos de churrasco, caixas de papelão, fita adesiva, além de fios elétricos.
Aos visitantes da Feira, eles explicavam como funciona a geração de energia elétrica que estava abastecendo o condomínio em miniatura e como o processo havia sido projeto por eles. “Não foi um trabalho tão fácil de fazer, mas aprendemos muito com ele”, destacou Saraiva.
Já o grupo formado pelos estudantes do 9º Ano, Alan Figueira Vignol, 17 anos, Richer Oliveira Pacheco, 16, e o estudante do 8º Ano, Thales Ferraz Miranda Rodrigues, 13, escolheu trabalhar com ilusão óptica utilizada em um contexto artístico através da criação de caleidoscópios.
A ferramenta escolhida por eles é uma espécie de aparelho óptico, formado por um pequeno tubo de cartão ou de metal, com pequenos fragmentos coloridos (o grupo escolheu miçanças coloridas), que, através do reflexo da luz exterior em pequenos espelhos inclinados, apresentam, a cada movimento, combinações variadas e agradáveis de efeito visual. “Esta foi a primeira Feira de Ciências que participamos e todo mundo se esforçou muito para apresentar uma coisa legal”, disse Pacheco.
Além de apresentar o equipamento, o trio também estava com os materiais necessários para confecção de outros caleidoscópios, para ensinar os interessados a fazê-los.
E com o sucesso desta edição, o evento já garantiu espaço na agenda de eventos da escola. Diretora da instituição, Paula Heckler relembra que a Feira de Ciências já era realizada periodicamente - contudo, esta foi a primeira edição organizada por Mariana, e destacou-se, também, por ser uma atividade de conexão e troca de informações e ensinamentos entre os estudantes após o longo período de afastamento ocasionado pela pandemia. “Todo o empenho nos surpreendeu. Eles foram muito participativos, cheios de ideias novas e com um nível de trabalhos muito bom. Foi uma evolução bem grande”, afirma.