Campo e Negócios
Japão regionalizará protocolo de Gripe Aviária por município
por Redação JM
Em missão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Japão, o ministro Carlos Fávaro se reuniu com os ministros da Agricultura, Florestas e Pesca, Tetsuro Nomura, e da Saúde, Trabalho e Bem Estar, Katsunobu KatÅ, na sexta-feira, dia 28, em Tóquio, para tratar especialmente sobre o protocolo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap) para as exportações de produto para o país.
O Brasil segue sendo um dos únicos do mundo a manter o status de livre da Iaap em granjas comerciais conforme o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). No entanto, após a detecção de focos em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, o Japão decidiu suspender temporariamente as importações dos produtos oriundos destes estados, conforme prevê o protocolo japonês.
"Nesta missão fizemos as tratativas diplomáticas e técnico-sanitárias e estabelecemos, então, um ajuste no protocolo para que essa restrição passe a ser em âmbito municipal”, destacou o ministro Carlos Fávaro. Desta forma, as restrições de exportação dos produtos cárneos de frango e ovos ficam limitadas apenas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária e não mais o Estado todo. A suspensão dura até o cumprimento do protocolo sanitário para que o mercado seja reaberto.
O Brasil é líder nas exportações de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global. Do total de 2,629 milhões de toneladas exportadas pelo país entre janeiro e junho deste ano, o Japão foi o destino de 219,8 mil toneladas.
Decreto no RS
O Rio Grande do Sul declarou, também dia 28, estado de emergência em saúde animal para enfrentamento da influenza aviária de alta patogenicidade. O Decreto 57.133/2023, assinado pelo governador em exercício Gabriel Souza, foi publicado na segunda edição do Diário Oficial do Estado. A medida permite uma resposta mais rápida em casos de novos focos de gripe aviária, tendo em vista a confirmação de múltiplas ocorrências em outras unidades da federação. No momento, o Rio Grande do Sul não tem registro de foco de influenza aviária na avicultura comercial ou na de subsistência.