MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Campo e Negócios

Tecnologia promete estimar rebanhos bovinos com carne de alta qualidade

Índice, que será apresentado na Expointer, foi desenvolvido a partir da relação entre os principais requisitos para bonificação da indústria

Em 26/08/2023 às 07:58h

por Redação JM

Tecnologia promete estimar rebanhos bovinos com carne de alta qualidade | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Keke Barcellos

A Embrapa e a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), em parceria com a BioData Ciência de Dados, apresentarão ao mercado, durante a Expointer, em Esteio, uma tecnologia capaz de identificar touros aptos a gerar descendentes que produzam carne de alta qualidade. Denominada Índice Real Carcaça Hereford e Braford (IRC), ela possibilita que os criadores dessas raças bovinas prevejam quais animais terão tendência a receber bonificações pagas pela indústria frigorífica pela qualidade da carne.

O Índice, inserido no PampaPlus, o programa de melhoramento genético das raças Hereford e Braford, identifica os touros capazes de gerar descendentes que produzam carne de alta qualidade para o Programa Carne Certificada Hereford. O indexador é uma forma de medir o mérito econômico de um reprodutor específico em relação à sua capacidade de produzir animais com carcaças de maior valor agregado. Essa avaliação é feita com base em um modelo bioeconômico que relaciona informações sobre o crescimento dos animais e as medidas de qualidade da carcaça obtidas por ultrassonografia in vivo, com a maior probabilidade de que as carcaças dos filhos desses touros atendam aos critérios de enquadramento em programas de carne premium.

O ICR foi desenvolvido a partir da relação entre os principais requisitos para bonificação da indústria e a definição de quatro objetivos de seleção: melhoria da espessura de gordura, relacionada ao acabamento de carcaça; melhoria da área de olho de lombo, relacionada ao peso de carcaça e tamanho de cortes nobres; o peso de carcaça; e a gordura intramuscular (marmoreio). “Os frigoríficos têm seus programas de qualidade de carne que bonificam as carcaças de acordo com a qualidade. Então, esse índice é uma forma de selecionar reprodutores, com base no lucro que eles vão trazer ao sistema de produção, em função do valor gerado nos seus filhos. O índice nos dá em reais qual é o valor agregado, qual o lucro por carcaça abatida”, explica Fernando Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé.

Conforme Rodrigo Costa, diretor financeiro da BioData Ciência de Dados, o IRC possibilita que os criadores de Hereford e Braford possam selecionar o rebanho para características de qualidade de carcaça. “Eu posso selecionar touros para ofertar a pecuaristas que vão produzir novilhos para engorda, e esses novilhos vão ter melhores características de carcaça, com maior rendimento de corte, por exemplo, se a seleção for para área de olho de lombo, ou melhor marmoreio. Então, no momento que um produtor de genética usa e oferta animais ranqueados por esse índice, e eu sou um comprador de touros para utilizar em uma propriedade com sistema de produção de ciclo completo, por exemplo, ao usar esses touros, eu automaticamente passo a gerar animais com melhores características de carcaça”, exemplifica.

Assim, o IRC representa o valor econômico agregado às carcaças dos filhos de um touro selecionado, comparado a um reprodutor médio da mesma raça, que tem valor zero. Quando o índice é positivo, como + 100 reais, por exemplo, isso significa que as carcaças dos filhos daquele reprodutor, em média, vão gerar um lucro superior em 100 reais por animal abatido em relação aos filhos de um touro médio, quando forem levados ao frigorífico. Nessa conta, cada uma das quatro características de seleção – espessura de gordura, área de olho de lombo, peso de carcaça e marmoreio – representam um valor específico que será somado para se alcançar o índice de valorização, representado em reais.

Segundo Paulo Azambuja, presidente do Conselho Técnico da ABHB, o ponto de maior relevância do IRC é que ele não é um índice que compara exclusivamente a avaliação de carcaça de cada animal. “É um índice muito mais amplo, pois, na sua composição, são compiladas características que levam como referência um sistema de produção em que as fêmeas entram em serviço aos 24 meses e os machos são abatidos nessa idade. Fatores que influenciam a rentabilidade nesse sistema têm seus impactos considerados de acordo com suas respectivas importâncias relativas, juntando-se as avaliações de carcaça de cada animal aliadas às características de carcaça que mais influem na remuneração frigorífica, sendo todas consideradas para composição final do IRC. Assim, temos um dado que congrega não só o aspecto objetivo de desempenho e das medidas da carcaça, como também as relaciona a aspectos relativos à eficiência do sistema, levando-se em conta, ainda, as características valorizadas pelos frigoríficos”, diz.

Galeria de Imagens
Leia também em Campo e Negócios
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br