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Campo e Negócios

Unidade de Bagé integra venda de plantas da Marfrig para a Minerva

Transação de R$ 7,5 bilhões transfere oito unidades de abate ativas e três inativas no Brasil, uma na Argentina, uma no Chile e três no Uruguai

Em 29/08/2023 às 23:24h

por Redação JM

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Foto: Tiago Rolim de Moura

A Marfrig Global Foods, maior produtora de hambúrgueres do mundo e uma das líderes globais do mercado de proteína bovina, anunciou, na noite de segunda-feira, dia 28, mais um passo em seu processo de foco estratégico nos mercados de produtos de alto valor agregado e marcas. A companhia – que controla a National Beef, quarta maior e mais eficiente produtora de carne bovina dos Estados Unidos, e a BRF, dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy – alienou à Minerva Foods unidades de abate de bovinos na América do Sul, numa transação de R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão pagos no momento da celebração do contrato. A venda inclui a unidade localizada em Bagé.

Os complexos industriais da região, que integram abate e produção de itens de alto valor agregado, com maiores escala, eficiência e margens de lucro, permanecem sob a gestão da Marfrig, disse a empresa, que passa a ter uma receita consolidada anual de cerca de R$ 130 bilhões.

"Cada vez mais, nos consolidamos como uma companhia global, com diversificação geográfica, produtos de alto valor agregado e marcas líderes em seus segmentos", disse Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig, ao completar: "Enxergamos enormes oportunidades de crescimento, com margens mais altas e mais resilientes"

De acordo com a Marfrig, o processo de foco estratégico em produtos de alto valor agregado, industrializados e de marca foi iniciado em 2018, com a aquisição do controle da National Beef, que, além de abastecer o mercado americano, exporta para alguns dos mais exigentes clientes do mundo. No ano seguinte, a empresa adquiriu a Quickfood, na Argentina, dona de marcas líderes como Paty e Vieníssima!, e o complexo industrial de Várzea Grande, no Mato Grosso. Em 2020, houve a aquisição de Campo del Tesoro, na Argentina, focado na produção de hambúrgueres. E, no ano passado, a Marfrig inaugurou a mais moderna fábrica de hambúrgueres do mundo em Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Também no ano passado, a Marfrig adquiriu o controle acionário da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. De 2018 a 2022, a participação dos produtos industrializados e de marca na receita líquida da operação América do Sul saiu de cerca de 5% para quase 20%. A capacidade de produção de processados dobrou nos últimos cinco anos.

"A Marfrig mantém o equivalente a 60% das receitas totais obtidas pela Operação América do Sul em 2022, com margens de dois dígitos, e continua a exportar para mais de 140 países. A companhia mantém todos os seus complexos industriais na região: Pampeano, no Rio Grande do Sul, maior exportador de derivados de carne bovina enlatada para a Europa, e as unidades de abate e de processamento de produtos de alto valor agregado e de marca de Várzea Grande, no Mato Grosso, e de Promissão, no interior de São Paulo. A empresa também continua com sua nova fábrica de hambúrgueres de Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, além do complexo industrial de San Jorge, na Argentina, onde produz itens de marcas como Quickfood, Paty e Vieníssima!. No Uruguai, permanecem sob o controle da Marfrig o complexo industrial de Tacuarembó, líder na produção de carne orgânica, e a unidade de processados de Fray Bentos. No Chile, a companhia mantém seus complexos de armazenagem, distribuição e trading", frisa o comunicado da empresa.

A alienação dos ativos de abate, segundo divulgado, não envolve troca de ações e está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias e concorrenciais. Os ativos de abate alienados ao Minerva são os seguintes: Alegrete e Bagé e São Gabriel, no Rio Grande do Sul, Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, Chupinguaia, em Rondônia, Mineiros, em Goiás, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra, no Mato Grosso. No Brasil, serão alienadas – além dessas – mais três plantas inativas. Na Argentina, será alienada a unidade de abate de bovinos de Villa Mercedes. No Chile, a unidade de abate de ovinos da Patagônia e, no Uruguai, as unidades de abate de bovinos de Colônia, Salto e San José.

O que diz compradora?

Ao anunciar a compra, a Minerva frisou a transação aumentará o faturamento da empresa em 45% e deve gerar caixa livre desde o primeiro momento. "O JP Morgan estendeu uma linha de crédito de R$ 6 bilhões que ficará disponível por 18 meses e terá um prazo de 2 anos (...) A transação – que intensifica o foco da Minerva na carne in natura – é a mais transformacional na companhia desde a aquisição em 2017 das plantas da JBS na América do Sul, que aumentou a capacidade da empresa em 35% e custou US$ 300 milhões", frisa.

"A Minerva – hoje uma companhia com R$ 29 bilhões de receita líquida e R$ 2,8 bilhões em EBITDA – adiciona R$ 18 bilhões em receita líquida e R$ 1,5 bilhão de EBITDA com a aquisição. Nas 19 aquisições que a Minerva fez nos últimos 14 anos, a companhia tipicamente extraiu sinergias que aumentaram sua margem EBITDA em 150 a 200 basis points nos primeiros 18 meses. Assumindo que o ganho de sinergia com os ativos da Marfrig fique em 70 basis points ao final do primeiro ano, a Minerva se transformará numa empresa de R$ 52 bilhões de receita líquida e R$ 5,1 bilhões em EBITDA, com sua alavancagem retornado para 2,6x em um ano. A transação também aprofunda a diversificação geográfica da Minerva. Depois do fechamento da aquisição, a Minerva terá 52% de sua capacidade instalada de bovinos no Brasil, 15% no Paraguai, 15% na Argentina, 11% no Uruguai e 7% na Colômbia. Os ativos adquiridos devem trazer um EBITDA estimado em R$ 1,5 bilhão. Assumindo um capex de manutenção de R$ 200 a 300 milhões/ano e uma despesa financeira de R$ 700 a 800 milhões dada a nova alavancagem, a transação já traria um fluxo de caixa livre entre R$ 300 a 400 milhões – sem incluir qualquer sinergia", detalha publicação oficial da empresa.

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