Campo e Negócios
Inaugurada em Bagé, Casa do Cordeiro quer estimular produção e consumo da carne ovina
por Redação JM
Um espaço dedicado a oportunizar acesso a cortes diferenciados e, ao mesmo tempo, estimular o consumo da carne ovina. Com este objetivo foi inaugurada, na noite de terça-feira, dia 12, em Bagé, a Casa do Cordeiro.
Instalada em imóvel na Rua Allan Kardec, nº 37, na área central da cidade, o novo espaço pretende servir de referência para quem busca apreciar a produção da ovinocultura local de forma fácil e acessível. De acordo com Edegar Franco, produtor e responsável pelo espaço junto à família, a iniciativa surgiu a partir da constatação da alta demanda pelo consumo informal pela carne ovina. "Chegamos à conclusão que havia, no município, espaço para um produto com qualidade e preço justo. Aí, buscamos parceiros, como o frigorífico Producarne, para o abate com as devidas inspeções e nos entregar um produto embalado, com a qualidade de apresentação que merece. Após isso, buscamos a Associação Bajeense de Criadores de Ovinos (Abaco), assim como a Agrupa (Associação para Grandeza e União de Palmas), para que tenhamos produção disponível e sustentável o ano inteiro", menciona.
Franco frisa que o projeto não visa ser apenas um negócio de cunho particular, mas auxiliar no fortalecimento do setor produtivo local. "A ideia é sermos parceiros dos pequenos produtores, para que a gente possa, neste momento de crise da lã, ter na carne uma alternativa rentável. E, com isso, que não ocorra um desestímulo da ovinocultura", completou ao justificar a proposta atual. Ao JM, adiantou que o trabalho buscará, a partir de agora, absorver cada vez mais produtores para ampliar o potencial de oferta da Casa do Cordeiro. "Estamos construindo isso", frisa.
Um ponto destacado pelo empresário é oferecer opções além dos tradicionais cortes destinados ao churrasco. "A gente quer quebrar alguns paradigmas. Nós estamos trabalhando com cortes pequenos, para que famílias, como de duas a três pessoas, possa ir ali buscar uma carne para fazer um almoço. Que sirva para uma refeição, mas não apenas no final de semana, mas sim no dia a dia", ponderou ao evidenciar que, no geral, em sua avaliação, há uma carência de oferta para este tipo de produto, mesmo na Campanha gaúcha, reconhecida pela sua ovinocultura.