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Técnico do Bagé, Leocir Dall’Astra diz: “estou priorizando estar bem comigo mesmo e com segurança”
por Yuri Cougo Dias
Anunciado no dia 30 de abril, o técnico Leocir Dall’Astra ainda não conseguiu se apresentar no Bagé. Residente em Erechim, enfrenta os problemas de bloqueios nas estradas gaúchas e da calamidade que envolve o estado. O profissional atendeu ao JM e detalhou sobre as tentativas que teve para se deslocar até a Rainha da Fronteira e do momento vivido frente a toda essa situação.
No dia em que o Bagé confirmou o acerto, Leocir tentou se deslocar para Porto Alegre, visto que, na quarta-feira, dia 1º, o jalde-negro enfrentaria o Aimoré, em São Leopoldo, próximo da capital. No entanto, bastou poucas horas para que a calamidade tivesse seus primeiros impactos nas estradas e a partida fosse adiada. “Estava viajando, passando por Soledade. Parei no primeiro pedágio e me falaram que estava tudo interrompido, com um caminhão e um carro soterrado, uma situação bem desagradável. Sugeri ir por Santa Cruz, por Arvorezinha ou voltar para Passo Fundo e passar por Bento Gonçalves, mas estava um caos em todos os lugares. Então, retornei para Erechim, que é a minha cidade. Chegando em casa, pensei em ir por Santa Maria, então, liguei para a polícia e me informaram que os acessos também estavam bloqueados. Não descarreguei o meu carro, só que já passou uma semana e não conseguimos avançar na viagem”, relata.
Em Erechim, Dall’Asta afirma que está seguro. Por se tratar de uma região alta, disse que a cidade não enfrenta problemas maiores com as enchentes. No entanto, lamenta o cenário vivido nos municípios vizinhos. “As cidades próximas estão arrasadas e passando por bastante dificuldades. Lógico que somos fortes, resilientes e vamos sair dessa situação, porém, são vidas perdidas e famílias desabrigadas”, contextualiza.
Assim que possível, o treinador destaca que pretende se apresentar na Rainha da Fronteira para realizar o trabalho que se comprometeu com o Bagé. No entanto, enfatiza a necessidade de cautela para tomada de decisões. “Pensei em fazer um trajeto mais longo para chegar em Bagé, mas vai chover mais. E também não posso sair de casa e ficar preso em algum local, esperando ser liberado. Estou priorizando estar bem comigo mesmo, com segurança e com a garantia de chegar em Bagé. E daí, sim, poder colocar nosso modelo de jogo e preparar o time para quando houver a retomada da Divisão de Acesso”, finaliza.