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'Candiotone': resgate cultural impulsiona economia e protagonismo feminino

Em 05/12/2024 às 14:10h
Melissa Louçan

por Melissa Louçan

'Candiotone': resgate cultural impulsiona economia e protagonismo feminino | Região | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Fernanda orientou cerca de 10 mulheres da linha de produção Foto: Divulgação

O Candiotone, primeiro souvenir gastronômico de Candiota, voltou a ser produzido e comercializado neste ano como parte de um projeto de resgate cultural e geração de renda. Criado originalmente em 2014, o produto utiliza ingredientes locais como mel e nozes-pecã e traz, em sua estética, uma representação do carvão mineral — principal matriz econômica da cidade. 

Após um período de inatividade, o Candiotone foi revitalizado pela Secretaria da Mulher, LGBTQIA+, Igualdade Racial e Direitos Humanos de Candiota, que buscou transformar o projeto em uma oportunidade de empoderamento e desenvolvimento comunitário.

Juliana Moraes Baumhardt, responsável pelo projeto, destaca a importância do resgate. “O Candiotone é mais do que um produto. Ele carrega a história e a cultura do nosso município, promovendo o turismo e a valorização do que é nosso. Agora, ele também se tornou um instrumento para transformar vidas”, afirmou. Segundo Juliana, a produção foi reativada com o objetivo de gerar renda para mulheres assistidas pela secretaria, muitas delas com histórico de violência doméstica.

As participantes das oficinas de confeitaria têm recebido formação e insumos para a produção do Candiotone. As condições de participação incluem o registro como Microempreendedoras Individuais (MEI) e experiência prévia em panificação. Além disso, a Secretaria conta com parcerias e emendas parlamentares que viabilizaram a aquisição de equipamentos para o espaço gastronômico onde as produções ocorrem.

Neste ano, já foram comercializados mais de 750 Candiotones, com encomendas previstas para chegar a mil unidades. A receptividade do produto é celebrada por Juliana, que tem articulado parcerias com empresas locais para ampliar as vendas. “É um projeto piloto, mas que já demonstra grande potencial. Nossa meta é aperfeiçoar o processo e expandir no próximo ano”, destacou.

O projeto também se diferencia por promover a autonomização das participantes. “Não tratamos essas mulheres apenas como beneficiárias. Elas são protagonistas, empreendedoras que estão construindo seus sonhos e criando novas oportunidades de vida”, ressaltou Juliana. Para garantir a sustentabilidade da iniciativa, o Candiotone é apresentado como uma alternativa competitiva no cenário turístico, representando um produto único que alia gastronomia, cultura e história.

Além do Candiotone, o projeto planeja desenvolver outros produtos na padaria comunitária. "Estamos apenas começando. Nosso espaço gastronômico tem capacidade para muito mais, e queremos continuar inovando”, afirmou Juliana.

A professora Fernanda Dall’asta, coordenadora do curso de Gastronomia da Urcamp, destacou a parceria com a Prefeitura de Candiota no desenvolvimento do Candiotone. O projeto surgiu de um convite da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Candiota, que buscava um treinamento técnico para aprimorar a produção de panetones regionais, elaborados com ingredientes como mel e nozes.

Fernanda explicou que o diferencial do produto está na massa preta no centro do panetone, uma referência às jazidas de carvão da região. “A ideia foi tirar dúvidas, mostrar como funciona, de fato, o processo, o passo a passo da produção, tanto de uma receita quanto de outra”, afirmou.

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Ela também reforçou a importância de simplificar as receitas para as participantes, majoritariamente sem formação técnica, de modo a facilitar o aprendizado, promover a geração de renda e tornar o ato de cozinhar uma forma de distração e diversão. "A gente também precisa se divertir, não é só fazer a receita, não é só colocar em prática, mas é uma distração. A cozinha tem que ser uma diversão", destacou.

Além de capacitar as assistidas, o projeto também visa padronizar a receita para produções futuras e em maior escala - atualmente, são 10 mulheres na linha de produção. “É uma capacitação técnica que vai auxiliar elas no processo também de padronização dos produtos, o que é muito importante”, ressaltou.

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