Segurança
Polícia investiga morte de ruralista em Bagé e aguarda laudo de necropsia
por Rochele Barbosa
A 2ª Delegacia de Polícia Civil de Bagé está investigando as circunstâncias da morte do ruralista Clóvis Garrastazu Xavier, de 66 anos, registrada em novembro. Inicialmente, a causa do óbito foi apontada como natural, decorrente de um infarto, mas detalhes do caso levantaram suspeitas.
Segundo a delegada Gabrielle Zanini, titular da 2ª DP, Xavier deu entrada na Santa Casa de Bagé com um ferimento causado por faca. “A certidão de óbito indicou morte natural por infarto, mas, por se tratar de um caso considerado suspeito, a Polícia Civil deve ser comunicada para investigar. Diante da ausência dessa comunicação, protocolamos um pedido judicial de exumação para realizar necropsia e também um mandado de busca e apreensão do DVR da residência, que possuía câmeras externas”, explicou.
Ações investigativas
No dia 23 de novembro, a polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão na casa da vítima, localizada no centro da cidade. Já a exumação e a necropsia foram realizadas no dia 28 de novembro. As imagens capturadas pelas câmeras de segurança estão em análise.
A delegada informou que, até o momento, foram ouvidos o gerente do cemitério onde Xavier foi sepultado, atendentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a esposa e a filha da vítima, além de um médico e uma enfermeira que participaram do atendimento inicial. “A enfermeira e o médico relataram que Xavier chegou lúcido e afirmou que havia causado a lesão em si mesmo com a intenção de tirar a própria vida. Esse relato coincide com os depoimentos da esposa e da filha”, detalhou.
{AD-READ-3}Próximos passos
A investigação segue com novas oitivas para esclarecer os fatos. O médico que atestou o óbito ainda não foi ouvido, e detalhes como o sepultamento da vítima — realizada apenas com um lençol e calça de pijama — também estão sendo apurados.
“Com a exumação, aguardamos o laudo médico para confirmar a causa da morte e esclarecer as circunstâncias do caso”, concluiu a delegada Gabrielle Zanini.