Região
Assembleia de produtores rurais em Pedras Altas defende direito à propriedade
Encontro também abordou estratégias de enfrentamento às ocupações realizadas pelo MST
por Rochele Barbosa
Na tarde de quinta-feira, 5 de dezembro, produtores rurais se reuniram em assembleia na Fazenda Santa Angélica, em Pedras Altas, para manifestar repúdio às recentes ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município. O encontro também visou deliberar estratégias de enfrentamento às ocupações realizadas pelo movimento.
Durante o evento, os produtores decidiram prestar solidariedade à Fazenda Nova, outro local alvo de integrantes do MST, onde acampamentos permanecem em vias públicas. Em seguida, o grupo se dirigiu à Prefeitura de Pedras Altas para buscar diálogo com o prefeito José Volnei da Silva Oliveira. Na reunião, o chefe do Executivo admitiu ter disponibilizado maquinário público, como uma retroescavadeira e um caminhão, para atender demandas relacionadas à estrutura do acampamento do MST, o que gerou críticas por parte dos ruralistas.
O ato foi conduzido pelo presidente da Comissão Fundiária, Paulo Ricardo de Souza Dias, e contou com a presença de representantes do deputado federal Afonso Hamm, entre eles Márcia Marinho e Norton Ferreira, além da vereadora eleita de Bagé pelo Progressistas, Andrea Gallina.
Em um vídeo gravado durante o evento, Paulo Ricardo Dias enfatizou a importância do direito à propriedade privada e relatou as deliberações da assembleia. “Reunimos uma presença significativa de produtores e representantes de entidades para discutir os fatos e destacar a necessidade da ação do Estado e da Justiça. O Governo do Estado determinou que a Brigada Militar atuasse na retirada dos invasores, mas seguimos atentos, especialmente na Estância Nova, que já conta com decisão judicial de interdito proibitório e proteção da Justiça”, afirmou.
Dias também criticou a postura da administração municipal. “Encaminhamos uma cobrança ao prefeito para que adote medidas que impeçam o uso de máquinas públicas em apoio a invasões e a formação de acampamentos em áreas próximas às estradas, que frequentemente são o ponto de partida para novas ocupações. É essencial que o poder público municipal contribua para garantir a paz, o respeito ao direito de propriedade e o cumprimento do Estado de Direito”, concluiu.