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Lideranças tradicionalistas comemoram aprovação da PEC que garante rodeios e vaqueadas
Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 304/17), que trata da proteção aos Esportes Equestres, o Plenário da Câmara dos Deputados garantiu a continuidade das práticas dos rodeios e vaquejadas, atividades que receberam cunho tradicionalista no Rio Grande do Sul e em estados do Norte e Nordeste do País.
Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), Eduardo Móglia Suñé, o esforço das associações de cavalos de raça e a mobilização política foram fundamentais para que a batalha fosse vencida. “Fizemos um trabalho de sensibilização junto aos deputados e senadores para que houvesse a compreensão de como funciona a prática dos esportes equestres”, destaca.
O presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Rodrigo Moglia, acredita que essa decisão põe um fim nos problemas jurídicos que ultimamente estão complicando a organização de esportes equinos. O dirigente adverte que são atividades econômicas importantes para o Estado e que não maltratam os animais, devendo ser encaradas como manifestações culturais. “Temos o cavalo Crioulo como nosso símbolo, estes esportes não maltratam os animais", garante.
O coordenador da 18ª Região Tradicionalista, Gilberto Silveira, também considera positiva a aprovação da PEC. O tradicionalista fala que os movimentos primam pela cultura, mas explica que existe um manual para orientar a organização dos eventos, onde estão todas as regras sanitárias e de proteção aos animais. “Obedecemos ao manual, nele estão todas as questões sanitárias e de proteção aos animais, há um número limite para as atividades que eles fazem, também temos um veterinário responsável para todos os eventos”, assegura.
Silveira conta que existem trabalhos com o intuito de tornar estas práticas conhecidas como manifestações culturais conhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).