Cidade
Falta de gás nas refinarias ainda não afeta Bagé
Apesar do alerta emitido pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás no Rio Grande do Sul, no dia 15, as revendas de gás de Bagé ainda não estão com dificuldades para abastecer seus estoques. O problema da reposição, que afeta outras cidades do Estado, está relacionado à falta do produto nas companhias distribuidoras de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
Algumas revendas consultadas em Bagé desconhecem o assunto ou não têm, ainda, nenhum tipo de restrição à comercialização. De acordo com a proprietária de uma revenda da Supergrasbras, situada no bairro Malafaia, Leila Cunha, a reposição dos estoques por enquanto está normal. Pelo menos quatro representantes da Liquigás foram procurados pelo MINUANO, que acompanha a situação há duas semanas. Eles também informaram que ainda não tiveram dificuldade de reposição. A maioria abastece em Pelotas.
Apenas uma revenda teve problemas para repor o estoque. Conforme o proprietário Silvio Renato Camargo, representante da distribuidora Nacional Gás, a recarga dos botijões era realizada três vezes por semana. Com o problema nas distribuidoras, passou a uma vez por semana. “Diminuiu 30% da compra”, disse.
Segundo o empresário, a orientação das companhias distribuidoras é atender somente o consumidor final, pois há chance de racionamento. Camargo está preocupado com a situação, porque não há explicação, por parte da Petrobras, sobre o motivo da diminuição da remessa. “A tendência é subir o preço, porque o produto está vindo por transporte terrestre, de fora do Estado”, salienta.
Camargo conta que o sindicato dos revendedores de Gás do Rio Grande do Sul informa que não há uma explicação convincente para a falta do produto, mas que não há gás suficiente no mercado devido à deficiência na importação do produto, visto que o Brasil não é autossuficiente. “O gás está vindo de São Paulo e Paraná”, relata.