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Candiotense atua na produção de série para canal Prime Box Brasil
Antes de conquistar seu espaço na maior programadora independente de TV por assinatura do Brasil, através da série “Paralelo 30”, o candiotense Gabriel Bonilha amassou muito barro na infância, ajudando os pais assentados na produção de leite, que sustentava a família. E foi pegando chuva no trajeto de sete quilômetros até a escola que decidiu se dedicar aos estudos para alcançar seu maior sonho: trabalhar na televisão.
Ele conta que desde cedo descobriu onde gostaria de chegar. “Eu brincava de Casos de Família com as vacas lá de fora. Fingia que elas eram os convidados, o público e até os artistas que iam cantar no meu programa”, recorda.
O caminho começou a ser trilhado em 2012, quando foi selecionado para receber uma bolsa integral através do Programa Universidade para Todos (ProUni), na Universidade da Região da Campanha (Urcamp). A oportunidade para trabalhar com cinema e televisão surgiu no ano passado, quando trabalhou voluntariamente na equipe de coordenação do Festival Internacional de Cinema da Fronteira.
Foi assim que conheceu a equipe e conquistou a confiança do diretor bajeense Zeca Brito e da produtora de elenco Maria Elisa Dantas, que o convidaram para fazer parte do crew da equipe envolvida nas gravações do filme Legalidade, longa-metragem que narra o movimento da Legalidade, na década de 1960. Durante as filmagens, atuou como assistente de figuração de multidões. Agora, na fase de pós-produção, atua como produtor de elenco e figuração.
A experiência abriu portas para outros projetos, como o assistente de elenco e produtor de figuração do sitcom “Paralelo 30”, que será veiculado no canal Prime Box Brasil. A série acompanha a rotina de uma república de universitários e que não tem qualquer tipo de afinidade. Com seis episódios de 26 minutos independentes entre si, a série tem como protagonistas cinco jovens adultos que dividem um espaçoso apartamento no Centro Histórico de Porto Alegre, próximo à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde a maioria estuda.
Formado em Jornalismo, na Urcamp, em 2016, Bonilha espera poder seguir atuando no ramo e agradece à todas as pessoas que o auxiliaram. “Meu período de faculdade foi muito difícil, tive que me virar. Fiz faxina, brechó e contei com ajuda de muitos amigos. Mas hoje estou onde eu quero, trabalhando com televisão, que me deixa muito feliz”, afirma.