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Ouro Negro vai analisar viabilidade de preços para leilão de energia

Publicada em 18/11/2017
Ouro Negro vai analisar viabilidade de preços para leilão de energia | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Empreendimento prevê duas etapas de 300 megawatts

A diretoria da Usina Termelétrica (UTE) Ouro Negro, projetada para o município de Pedras Altas, vai estudar a viabilidade dos valores do leilão de energia, que será promovido pelo governo federal, em dezembro. Segundo o presidente da empresa, responsável pelo investimento da termelétrica a carvão, Sílvio Marques Dias Neto, a companhia deve finalizar, até a próxima semana, uma rodada de simulações e análise da viabilidade dos valores anunciados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o Leilão A-6.
O certame que deve acontecer no dia 20 de dezembro tem o objetivo de contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de fontes hidrelétrica, eólica e termelétrica (a carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa), com início de suprimento de energia elétrica em 1º de janeiro de 2023. Conforme a Aneel, a partir de fonte termelétrica cujo Custo Variável Unitário (CVU) seja superior a R$ 280 por Megawatts/hora (MWh), o preço inicial para as termoelétricas a biomassa e carvão e de R$ 329,00 por MW/h.
Em 2015, as térmicas a carvão não concorreram no certame do governo federal, porque os valores publicados pela Aneel não cobriam os custos dos empreendimentos, inviabilizando o negócio. A planta em Pedras Altas prevê duas etapas de 300 megawatts (MW) cada. Em setembro deste ano, a diretoria da empresa confirmou o cadastro do projeto para a próxima concorrência
O leilão A-6 dá o prazo de seis anos para início da operação. Duas térmicas com a capacidade de geração de 940 megawatts (MW) disputam devem disputar o certame no Rio Grande do Sul. Em julho, Marques havia informado ao MINUANO que o projeto estava pronto para participar do certame. O empreendimento já conta com a Licença Prévia, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), e a outorga dos Recursos Hídricos, concedida pela Agência Nacional de Águas (Ana).
A UTE Ouro Negro contará com 80% da obra financiada pelo Indico Financial Management & Services e 20% com capital próprio dos investidores. A estrutura de sócios está definida e em fase de conclusão da formalização. Entre os investidores, a empresa Chinesa Power China Sepco1 e o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Ouro Negro, usina que deve consumir carvão produzido em Candiota.


Certame
Serão negociados Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado por quantidade, com prazo de suprimento de 30 anos para empreendimentos hidrelétricos; por disponibilidade, com prazo de suprimento de 20 anos para empreendimentos eólicos; e por disponibilidade, com prazo de suprimento de 25 anos, diferenciados por fontes, para empreendimentos de geração a partir de termelétrica a biomassa, a carvão e a gás natural.
De acordo com a decisão da Agência, não poderão participar os empreendimentos que entrarem em operação comercial até a data de publicação do edital. Foi definido o patamar de 30% da energia habilitada do empreendimento como o mínimo a ser destinado ao mercado regulado.


Cadastro

A EPE registrou o cadastramento de 1.092 projetos, totalizando 53.424 MW de potência instalada. Desse montante, 953 projetos referem-se a empreendimentos eólicos, 66 de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), quatro de Usinas Hidrelétricas (UHEs), 42 de Termelétricas a Biomassa, quatro de Termelétricas a Carvão e o restante (23) de termelétricas a gás natural.

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