Cidade
Banheiros químicos são alternativa para evitar vandalismo
A Prefeitura de Bagé instalou banheiros químicos em pontos onde há grande circulação, a exemplo de praças, após constantes atos de vandalismo em alguns banheiros públicos. A cada dois dias de uso, o Departamento de Água, Arroios e Esgotos de Bagé (Daeb) realiza a limpeza e esterilização dos sanitários que pertencem ao município e até então eram utilizados apenas em eventos.
De todos os banheiros públicos do centro, a estrutura localizada na rua Juvêncio Lemos, ao lado da Prefeitura de Bagé, é o que está em melhores condições. Zelador do local e responsável pela limpeza de toda a quadra, Paulo Sérgio Magalhães, explica que o Gabinete do Prefeito é o responsável pela manutenção da estrutura (os outros são de responsabilidade da pasta do secretário Hoesel). Logo que se entra no banheiro, um espelho e alguns quadrinhos recepcionam a população e tornam o local mais agradável e organizado. Em alguns momentos, sabão líquido e álcool gel são oferecidos para os usuários e a limpeza é realizada, no mínimo, uma vez por dia.
“O Gabinete sempre compra material de limpeza, sabonete e álcool. Antes eu deixava aqui, para todos usarem, mas como eu também preciso limpar os canteiros, quando saía do banheiro, as pessoas acabavam levando para casa. Por isso que agora só deixo o sabonete e o álcool quando estou aqui dentro”, conta. O zelador explica, ainda, que até mesmo os quadros e o espelho com moldura de plástico já foram alvo de tentativa de roubo, mas como estão colados à parede, se tornaram alvos difíceis.
Em outro local, como a Praça de Esportes, o banheiro apresentava sinais muito menores de cuidados. O cheiro e a sujeira dos sanitários não deixam dúvidas que a limpeza no local não é assídua. Além disso, a porta que dá acesso ao sanitário feminino foi arrancada, possivelmente em um ato de vandalismo. Para coibir tais ações, até mesmo as caixas d’água foram “presas” às paredes com caixas de madeira, que impedem tentativas de roubo.
Os vidros do banheiro com acessibilidade para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção foram todos quebrados, o que impossibilita o uso do mesmo. Saindo do banheiro público, Claudete Dalbão Deiróz, 26 anos, e Eli Barreto, 65 anos, contam que só utilizaram o espaço por falta de opção. Além do cheiro forte, também reclamaram da falta de papel higiênico e papel toalha e da água fraca das torneiras. “É tudo sujo e quebrado, é até perigoso”, destaca Eli.
Alguns metros dali, dois banheiros químicos foram instalados como alternativa às estruturas de alvenaria. “Nós realizamos duas ou três manutenções nos sanitários por semana, porque as pessoas quebram e sujam tudo. Apesar de ter diminuído, o vandalismo ainda acontece”, explica o secretário Hoesel.
Ele destaca, ainda, que o banheiro público do Centro Administrativo e da Praça das Carretas, além da Praça de Esportes, contam com zeladores. O horário é até às 17h. Depois desse horário, os locais ficam trancados e a população faz uso dos banheiros químicos. “Queremos estender o horário das pessoas que atuam nos banheiros até às 20h, 21h, durante o verão, que facilita para quem usa as praças como área de lazer, geralmente famílias”, afirmou.