Cidade
Captação de lojas satélite pode atrasar instalação do Shopping Bagé
O processo de captação de lojas para o Shopping Bagé pode demandar mais tempo do que o esperado. Duas grandes redes já assinaram carta de intenção para atuarem como âncoras no empreendimento. Entretanto, há incertezas quanto à instalação das chamadas lojas-satélite, o grupo mais numeroso dentre as 123 lojas previstas para o shopping.
O sócio-proprietário do Conselho Shopping 4 Consultores, responsável pela obra, Jorge Pedro Silveira, explica que lojas-satélite são as lojas menores, geralmente empresas de pequeno e médio porte da região. Das 123 lojas que devem compor o Shopping Bagé, cerca de 80 seriam lojas-satélite. “São empresas de pequeno tamanho, mas que representam a maior quantidade de lojas. Não podemos abrir um shopping sem elas”, afirma.
Silveira comenta que o reaquecimento e maior estabilidade do mercado já mostra os primeiros reflexos para grandes empresas, com investidores com planejamento a longo prazo. Para empresas menores, entretanto, a situação ainda não está estabilizada, o que causa retração no setor.
“Fazendo um retrospecto, podemos perceber que nossa economia está em processo de recuperação, e isso aumenta o interesse dos grandes investidores, que estão voltando ao mercado. Mas as pequenas empresas ainda estão retraídas”, destaca. Silveira adianta, ainda, que no próximo mês irá atualizar as informações através de uma audiência em Bagé, ainda sem definição de data.
Os trâmites que dependem do poder público municipal estão em dia, conforme ele. Em junho de 2017, os projetos arquitetônicos foram aprovados pelo Executivo. A segunda etapa é de avaliação dos projetos complementares (projetos hidrossanitários e Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) e do cronograma físico-financeiro da obra, que ainda não foram apresentados.
O projeto prevê área construída de 25 mil metros quadrados (m²), nas proximidades da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no bairro Malafaia. O investimento, previsto apenas para a construção, é de R$ 80 milhões, com tempo estimado de dois anos ou 20 meses de obra. Quando já estiver em operação, serão mais 1,5 mil empregos diretos nas 123 lojas do complexo, sendo duas lojas-âncora, um supermercado e empresas do ramo da alimentação.