Cidade
Campanha leva bajeenses a procurar vacinas contra poliomielite e sarampo
O primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo, ontem, teve boa aderência nas unidades de saúde em Bagé. No posto Camillo Gomes, por exemplo, o corredor da sessão de imunizações manteve fluxo contínuo durante a manhã.
Na ocasião, o casal Ruan Fernandes e Nathane Nunes levou a pequena Alice, de três anos, até a unidade modelo em imunização no município, onde recebeu as doses contra as doenças. A mãe conta que sempre está olhando a carteira de vacinação da filha, para mantê-la atualizada, pois sabe da importância da vacinação para os cuidados com a saúde. “É melhor prevenir a doença do que ter que encarar ela depois”, declara.
Até o fechamento desta edição, o governo municipal não havia divulgado o balanço do primeiro dia da campanha de vacinação. A atividade continua até o dia 31 de agosto, a população alvo da ação é composta por crianças de um ano até quatro anos, 11 meses e 29 dias. O Dia D de mobilização nacional, acontece no sábado, 18, onde todas as unidades estarão abertas, das 8h às 17h.
O Ministério da Saúde reitera que a meta é vacinar, ao menos, 95% deste público, independente se a caderneta de vacinação estiver em dia ou não. Segundo dados do órgão nacional, 312 municípios brasileiros estão com a cobertura vacinal abaixo de 50%.
O sarampo, que não era registrado no Brasil desde 2015, retornou, neste ano, causando mortes no Norte do País. No Rio Grande do Sul, até o momento, são 13 casos confirmados em pessoas com histórico de viagem à Europa e ao Amazonas, ou em pessoas com contato próximo a elas. A poliomielite, por sua vez, está erradicada no Brasil desde 1994, sendo que o último caso registrado no RS foi em 1983.
Doses
As vacinas utilizadas para esta estratégia são a vacina oral da poliomielite (VOP) e a tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba. Esta também é uma oportunidade para que as crianças atualizem a vacinação de rotina. A vacina da pólio apresentou cobertura abaixo de 90% nos últimos três anos: 89% em 2015, 84% em 2016 e 81% no ano passado.
Já a tríplice viral - que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola - também teve cobertura de 90,5% da primeira dose (aos 12 meses de idade) em 2016 e 78% em 2017. A segunda dose – dada com a tetraviral (que inclui ainda a varicela) aos 15 meses de idade – registrou cobertura de 87% em 2016 e 58,7% no ano passado.