Cidade
CGTEE integra plano de demissão voluntária da Eletrobras
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, diz que a estatal planeja reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 2,4 mil pessoas como parte de seu Plano de Demissão Voluntária (PDV) a partir de outubro. O plano de desligamento acontece em meio ao processo de privatização de seis distribuidoras. O objetivo seria reduzir o endividamento da companhia e reequilibrar suas finanças. O PDV já havia sido aprovado em março deste ano para várias subsidiárias, o que inclui a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE, que possui unidade em Candiota.
"Entendemos que tínhamos que avançar com algumas implantações de sistemas e com a mudança da companhia, que ocorre já no mês que vem, obviamente isso (o PDV) é um precipitador", afirma Ferreira. Segundo ele, deve se lutar para que o projeto de lei que cria regras para a privatização da Eletrobras seja aprovado, e que o mesmo vai trazer benefícios para todo o setor. "O projeto torna mais transparente e competitiva a venda dos ativos", explica.
A empresa propôs o pagamento da multa do FGTS, somado ao aviso prévio correspondente a três salários do empregado, mais 50% relativos à soma dos valores da multa e do aviso prévio, além de cinco anos de plano de saúde para quem aderir ao plano de demissão. Na primeira etapa do PDV, houve adesão de 736 empregados, em toda a Eletrobras.
Conforme o diretor estadual do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Genésio Avancini, a entidade não é nem a favor nem contra do plano de demissão voluntária como ação individual, já que se trata de uma decisão de gestão. "Mas isso está sendo usado como forma de tornar atraente a empresa aos olhos do mercado, pensando na sua privatização, e nesse sentido nós somos totalmente contra", ressalta.
Por enquanto, segundo ele, não foi repassado à delegacia do Senergisul de Candiota um documento oficial informando as condições da etapa do PDV, que deve começar em outubro, nem a expectativa de adesão por parte dos trabalhadores da CGTEE, subsidiária da Eletrobras. "A partir do momento que o sindicato for comunicado, nós vamos atuar como olheiros, orientando os colegas. Mas já adiantamos que não vale a pena trocar o seu emprego por uma quantia de dinheiro", afirma Avancini.