Fogo Cruzado
Senado avalia reconhecimento da Marcha do Cavalo Crioulo como manifestação cultural
Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, em novembro, a proposta que reconhece como manifestação da cultura nacional a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul foi encaminhada ao Senado, na semana passada.
Para o autor da proposta, deputado Afonso Hamm, do Progressistas, o reconhecimento 'celebra a tradição gaúcha e brasileira de amor aos cavalos'. “A Marcha de Resistência é a prova mais antiga realizada pelo cavalo crioulo e também a primeira a ser realizada, praticamente sob os mesmos moldes, nos três países do Cone Sul”, explica.
A Marcha ocorreu primeiro no Uruguai, depois na Argentina, e, após algumas experiências na década de 1970, é realizada, no final da década de 1980, em Alegrete, no Rio Grande do Sul. Desde então, faz parte do calendário de provas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), sendo realizada em diversos municípios gaúchos, como Bagé, Canguçu, Santa Maria, Dom Pedrito, Rosário do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Uruguaiana e Jaguarão.
O cavalo Crioulo é um equino caracterizado pela silhueta harmônica e pelo equilíbrio perfeito. Apesar da beleza e do temperamento dócil, sua rusticidade, facilidade de adaptação e resistência são algumas das características mais marcantes. De acordo com a ABCCC, o crescimento da manada da raça no Brasil em 2015 atingiu 6,4%, registrando exemplares em todos os Estados brasileiros, totalizando 402.341 animais.