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Participação na Copinha, parceria com investidor e centenário: o futuro jalde-negro

Por infelicidade nos pênaltis, o Bagé adiou o sonho de retornar à elite do futebol gaúcho. Em 2020, no ano de seu centenário, o discurso será outro. Em vez de usar a data para comemorar o acesso à Série A, a meta será justamente conquistar a vaga. Mas até lá, a bola seguirá rolando no Estádio Pedra Moura. O presidente Rafael Alcalde confirmou a participação do clube na Copinha, cuja edição deste ano será denominada de Copa Antônio Carlos Verardi.
No aspecto financeiro, a tendência é que o jalde-negro mantenha a parceria da RCB Assessoria Empresarial, sob a responsabilidade de Rodrigo Trindade. Continuidade com comissão técnica e jogadores também fazem parte da diretoria, cujos detalhes serão definidos a partir da segunda semana de maio, com reuniões sempre às terças-feiras, às 19h30min, no bar temático do Pedra Moura. Segue um panorama de Alcalde, relação às perspectivas do clube para o restante do ano.

Campanha no Acesso
"Ficou aquele gostinho de que poderia ir mais longe. Tínhamos certeza de que possuíamos time para subir ou, ao menos, competir para subir. A eliminação foi nos pênaltis, por isso, foi amarga. Porém, isso só nos dá mais energia para seguirmos esse caminho, que é certo. Desde o início, sempre ressaltei a importância de ficar em primeiro ou segundo lugar, para decidirmos os jogos em casa. Historicamente, as equipes que subiram decidiram suas partidas em casa e o fator Pedra Moura poderia ser decisivo. Perdemos o terceiro lugar para o Guarani de Venâncio Aires por uma diferença de dois gols, pois, no número de pontos, éramos iguais".

Força da torcida
"Tivemos bastante acertos. Também tivemos erros que soubemos corrigir na hora certa. Então, foi um quadrimestre muito positivo, principalmente pela questão dos torcedores. Eles compraram a ideia e vestiram a camisa. Por isso, não tenho nenhuma queixa da torcida. Se continuarmos assim, uma hora o resultado vai vir. Por isso que sabemos que tínhamos condições de irmos mais longe".

Próxima disputa
"Os planos do Bagé são bem claros, em relação à Copinha. Estamos avaliando como será essa participação e a montagem da equipe. Porém, a ideia geral é de que queremos participar e fazer um time competitivo, pois, assim, a torcida incentiva e dá para alçar voos mais longe. Em breve, teremos o modelo de como será composto o elenco. Nesses dois meses e meio de recesso do profissional, ajeitaremos a casa e teremos a sub-17 jogando. A previsão é de que o elenco se apresente de 15 a 20 de julho".

Parceria com investidor
"O Rodrigo Trindade já deixou de ser uma parceria comercial para ser uma amizade. A ideia é pela continuidade da parceria. Para ele, o futebol é um mundo novo, assim como para mim, que estou nesse meio desde 2016. Portanto, sou inexperiente em relação a outros diretores. Mas, com certeza, o Rodrigo deu um novo status ao Bagé, em termos de visibilidade. Conseguimos montar um time competitivo, porém, desde a primeira reunião, eu falei para ele que o Acesso era extremamente difícil. Dei o exemplo do Pelotas, que sempre tinha uma folha alta e uma estrutura invejável, mas que penou cinco anos para subir e era sempre nos detalhes. Ele sentiu isso e viu o quanto os jogos eram competitivos e equilibrados e foi pegando experiência. Mas ele consegue ter uma visão de negócios muito além de nós e, com certeza, só agregou ao Grêmio Esportivo Bagé, em valores patrimoniais, número de sócios, jogadores e comissão técnica. Naturalmente, isso atraiu mais interessados em participar do projeto. Claro que o ideal era termos subido, porém, apenas mudamos o foco".
"Também deixo um agradecimento a todos os diretores, mas em especial a três: Luiz Henrique Lamadril, Cláudio Figueira (Xuxa) e Roberto Messias. E, também, aos diretores que vieram com o Rodrigo, que foram o Paulo Roberto e o Felipe Iponema. O Rodrigo nos proporcionou, além dos investimentos, ter contato com pessoas muito competentes e toda torcida jalde-negra gostou muito de conhecê-los".

Permanência de Márcio Nunes
"O Márcio Nunes fez um excelente trabalho. Depois do Carnaval, quando conseguiu treinar bem, os números dele passaram a ser de primeiro lugar, à frente de Esportivo e outras equipes. É o nome preferido, mas vai depender de várias questões sobre o modelo que vamos adotar para a Copinha. Mas, Márcio Nunes, Brida, Matheus Coelho e Douglas Luiz são nomes que agradam muito a diretoria".

Jogadores
"Há pelo menos dois anos, existe uma ideia de mantermos quem vai bem. Claro que alguns recebem propostas de outros clubes. Ainda não chegamos a discutir sobre isso, mas, com certeza, a continuidade é muito importante para o sucesso do trabalho. Se conseguirmos manter uma estrutura mínima de jogadores que atuaram de maneira satisfatória, claro que o Bagé só tem a ganhar. A tendência é buscarmos um elenco competitivo para a Copinha, já visando a Divisão de Acesso de 2020".