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Pais e alunos de escolas rurais de Candiota pedem solução para o transporte escolar
Publicada em 23/05/2019
Uma comissão de pais, alunos e funcionários de escolas rurais de Candiota participaram, ontem, de uma reunião com a procuradora jurídica da 13º Coordenadoria Regional de Educação, Mirela Pedroso. Na ocasião, a comunidade solicitou solução para o transporte escolar, já que alguns estudantes estão há mais de 40 dias sem aula devido à falta do serviço. As escolas mais prejudicadas, segundo divulgado, são a Oito de Agosto e Vinte de Agosto.
Durante o encontro, Mirela explanou sobre como é realizada a geolocalização e tudo que compreende o transporte escolar, incluindo o processo de licitação que já foi realizado três vezes, em 2019, segundo detalhou. Ela destacou que a Coordenadoria já encaminhou, para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), os processos de três empresas que irão realizar a prestação do serviço. Uma delas somente necessita da assinatura do contrato para começar a operar. "É importante manter em dia as matrículas dos alunos para que a geolocalização esteja atualizada", disse.
Mirela ainda afirmou que não pode informar a data em que o transporte será retomado, mas disse que serão realizados contratos emergenciais de seis meses. "Logo após, será realizado um processo licitatório definitivo, com validade por cinco anos", afirmou.
De acordo com o pai de alunos e presidente do Circulo de Pais e Mestres (CPM), Dirceu Zanatta Dias, a escola Vinte de Agosto está há exatos 40 dias sem aula e a Oito de Agosto há pelo menos 25 dias. Ele comenta que uma comissão já esteve na Seduc, pedindo informações, mas não obteve resposta. "Tem jovens que necessitam fazer o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) e não estão conseguindo estudar pela falta do transporte", disse.
Os pais também questionaram sobre a recuperação das aulas. A procuradora adiantou que isso será organizado, após o início das atividades escolares, com o setor pedagógico da CRE. Como não houve resposta, logo após a reunião, a comissão protocolou, na Promotoria Pública do Estado, um ofício assinado pelo prefeito de Candiota, Adriano Castro dos Santos, e pelo deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), denunciando a gravidade do caso e o prejuízo para o próprio ano letivo. O documento foi protocolado na 2ª Promotoria de Justiça Especializada, sob responsabilidade da Promotora Marlise Martino Oliveira.
Em Porto Alegre, Mainardi se reuniu com o secretário de educação, Faizal Karan, para tratar desde fato. Sobre o caso, salientou que 'a situação é grave'. "Levei ao secretário, que informou que há licitações em curso. Mas a comunidade escolar não pode esperar e correr o risco de perder o ano letivo. Precisamos de uma providência emergencial. Por isso, procuramos o MP", disse.
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