Cidade
Projeto de instituição cívico-militar prevê piscina térmica e pista de atletismo na escola São Pedro
No início deste ano, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, anunciou a intenção de buscar apoio junto ao governo federal para instalar duas escolas cívico-militares. Em julho, foi aprovada, na Câmara de Vereadores, a lei que autoriza a criação das instituições. Na última semana, o projeto arquitetônico de uma delas foi apresentado em Brasília. Agora, o poder público corre em busca de aporte de recursos para executar a obra.
Desenvolvido por técnicos da Secretaria Municipal de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan) e Secretaria Municipal de Educação e Formação Profissional (Smed), o projeto apresenta uma estrutura de alto padrão, incluindo uma piscina térmica semiolímpica e pista de atletismo. Com 10 mil metros quadrados (m²), sendo 6 mil m² de área construída, a Escola São Pedro, no bairro Getúlio Vargas, será a referência dos esforços do município. O projeto apresentado prevê uma estrutura totalmente reformada, com espaços otimizados para prática de esportes.
A secretária municipal de Educação e Formação Profissional, Adriana Lara, explica que, atualmente, dos 6 mil m² de área construída, apenas 40% é utilizado, já que grande parte da estrutura é inadequada para uso em razão da deterioração ocasionada pelo tempo. A reforma prevista no projeto prevê a restauração do ginásio e auditório, das salas de aula e espaços destinados à equipe diretiva da instituição, além da construção de uma pista de atletismo e piscina térmica semiolímpica e instalação de elevador panorâmico.
“Menina dos olhos” do projeto, a piscina térmica semiolímpica, segundo a secretária de Educação, além de oferecer o espaço adequado para a prática esportiva dos alunos, também atenderá outras atividades da comunidade, como campeonatos de natação. A escola João Severiano, no bairro Castro Alves, que também deverá oferecer educação cívico-militar a partir do próximo ano letivo, passará por adaptações, com a previsão de construção de um ginásio, mas em escala mais modesta, na comparação com a Escola São Pedro.
Adriana destaca que o modelo que será aplicado em Bagé foi construído de forma participativa, com a consulta de diretores e professores das duas instituições no processo. E adianta que a próxima fase deve contar, também, com o auxílio da comunidade escolar para construção. “Fizemos o projeto em pouco tempo para apresentarmos ao vice-presidente (Antônio Hamilton Mourão). Mas agora queremos ‘rechear’ o projeto, deixar mais redondindo, ouvindo o que os alunos querem, de que forma podemos deixar a escola da forma que eles imaginam”, destaca.
Mesmo com inauguração oficial das escolas prevista para março de 2020, as obras não têm prazo para iniciar. Isto porque, com custo de reformas e adaptações orçado em R$ 9 milhões, no momento a prefeitura trabalha na fase de captação de recursos.
Vagas serão sorteadas
Abrangendo estudantes do 6º ao 9º ano, a previsão é que 600 sejam atendidos entre as duas escolas. Adriana adianta que os alunos das duas instituições já têm vaga garantida. Em novembro, será publicado um edital divulgando as vagas remanescentes e explicando o processo de inscrição de novos. As inscrições passarão por um sorteio público, que vai definir quem serão os jovens que irão ocupar estas vagas.
A secretária explica que, nos próximos dias, deve encerrar a seleção dos monitores, que serão responsáveis por acompanhar, em conjunto com os professores, o rendimento dos alunos, além de trabalhar, de forma pedagógica, temas como disciplina, valores, patriotismo, cultura da paz e combate às drogas em sala de aula. Os monitores devem começar o treinamento, ainda neste ano, em preparação para o ano letivo de 2020, quando iniciam as aulas nas duas instituições.