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Hemopel pede auxílio a municípios da região para garantir estoque de sangue
O Hemocentro de Pelotas (Hemopel), que atende 13 hospitais da região Sul e Campanha, incluindo as instituições de saúde de Bagé, está com o estoque baixo. A diretora serviço, Gisele Pinto, explicou que o número de doações e de bolsas em estoque é muito inferior ao necessário para atender toda a demanda.
Para tentar melhorar a situação, o Hemopel recorreu aos municípios que atende a fim de aumentar a captação. As coletas mensais realizadas nos municípios foram suspensas no início da pandemia a fim de garantir a segurança dos colaboradores e para evitar aglomerações. "Em Bagé, a gente tinha conversado com o pessoal para tentar organizar a comunidade, com auxílio da Prefeitura, para que possam vir até aqui realizar a doação", explica.
A média de 200 bolsas mensais encaminhadas para a Rainha da Fronteira caiu durante o período da pandemia, já que muitas cirurgias eletivas foram adiadas ou canceladas, tendo prioridade as emergenciais. Mesmo para atender uma demanda menor, não só em Bagé mas em todos os municípios atendidos pelo serviço, o estoque ainda é considerado baixo. "É uma situação muito preocupante, principalmente neste tempo de pandemia", ressalta.
Gisele destaca, ainda, que o hemocentro está preparado para realizar a captação de sangue com segurança, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde para não haver risco de contaminação em aglomerações.
É importante pontuar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde atualizaram os critérios técnicos para triagem clínica dos candidatos à doação de sangue. De acordo com o documento - Nota Técnica 13/2020, não existe evidência, até o momento, de transmissão transfusional dos coronavírus, ou seja, por procedimentos de transfusões de sangue. Portanto, as orientações são medidas de precaução.
De acordo com as recomendações, os candidatos que viajaram ou que sejam procedentes de países com transmissão local e casos confirmados da doença serão considerados inaptos para a doação, por um período de 14 dias após a chegada da viagem.
Já as pessoas que tiveram diagnóstico clínico ou laboratorial de infecção pelo novo coronavírus serão consideradas inaptas por um período de 30 dias após a completa recuperação da doença – isto é, quando estiverem sem nenhum sintoma ou sequelas que possam contraindicar a doação.
Para os candidatos que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoa com diagnóstico clínico ou laboratorial do novo coronavírus, o período de inaptidão será de 14 dias após o último contato.
Por último, os candidatos à doação de sangue que estejam em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica, devido a sintomas de possível infecção pelo Sars-CoV-2, serão considerados inaptos pelo período que durar o isolamento (no mínimo 14 dias), caso não apresentem sintomas.