Saúde
Região da Campanha em alerta amarelo para dengue
por Giana Cunha
O Rio Grande do Sul tem, atualmente, 25 das 30 regiões do Estado em alerta vermelho para casos de dengue. A situação atinge as regiões Metropolitana, Litoral, Central, Norte, Noroeste, Vales, Fronteira Oeste. A região da Campanha está em alerta amarelo. Estas informações estão descritas no Comunicado de Risco para Dengue, emitido semanalmente pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).
O sistema de alertas para dengue no Rio Grande do Sul classifica as regiões em nível 1 (branco), nível 2 (amarelo), nível 3 (laranja) e nível 4 (vermelho), o mais grave deles. A emissão dos alertas se refere às regiões de saúde do Rio Grande do Sul, avaliando a situação, nas últimas quatro semanas, de casos de dengue e de infestações pelo mosquito Aedes aegypti.
Além das 25 regiões em alerta vermelho, o Rio Grande do Sul tem três regiões em alerta laranja e outras duas em nível amarelo. Não há áreas do Estado no nível branco – o mais baixo – de risco.
Dados por município
Bagé
- 22 notificações
- 1 caso autóctones
- 4 confirmados
- 12 em investigação
Candiota
- 10 notificações
- 5 casos autóctones
- 6 confirmados
- 0 em investigação
Dom Pedrito
- 50 notificados
- 1 autóctones
- 1 confirmados
- 15 investigação
Hulha Negra
- 1 notificado
- 0 autóctone
- 1 caso confirmados
- 1 em investigação
Aceguá
- 2 notificados
- 0 autóctone
- 0 confirmados
- 2 em investigação
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (Cevs) confirmou, que há atraso no repasse de informações dos municípios sobre casos de dengue. A alegação é de que, apesar da obrigação por parte das prefeituras em realizar as notificações, isso não vem ocorrendo no prazo adequado. Há prazos estabelecidos para que os municípios notifiquem suspeitas e mortes por dengue. Para casos suspeitos, o limite é de 72 horas, enquanto óbitos devem ser notificados nas primeiras 24 horas após o ocorrido.
De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica, o Estado só tem acesso às informações quando estas são lançadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), gerido pelo órgão federal.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o cenário pode ser ainda pior do que o descrito no comunicado semanal de risco, uma vez que, conforme o órgão, há municípios que não estão incluindo os casos de dengue no sistema nacional de registros. O Rio Grande do Sul vive, em 2024, o pior cenário de dengue de sua história. Em menos de quatro meses, neste ano, o Estado atingiu a marca de 69 mortes, e bateu o recorde histórico de óbitos pela doença (até então, 2022 era o pior ano, com 66 óbitos).