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Ainda assim, eu acredito!

Adriana Di Lorenzo | Psicóloga e Psicoterapeuta Psicanalítica | adridilorenzo@uol.com.br

Em 12/12/2020 às 00:02h
Viviane Becker

por Viviane Becker

Ainda assim, eu acredito! | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

No dia 19/03/2020, em uma quinta-feira à tarde, recebi em meu consultório a notícia de que teríamos que ficar em casa. Lembro-me de que jamais imaginara que a Covid-19 chegaria por aqui. Mas chegara!
Nunca os versos de Drummond fizeram tanto sentido para mim - percebi que a festa acabaria, que o povo sumiria e que as noites seriam muito mais frias.
Decisões difíceis tiveram que ser tomadas. E foram! Escolas fecharam, comércio e muitos trabalhos também. Outros seguiram, se adaptaram, atendendo as necessidades do momento. Passei a atender meus pacientes on-line. E logo eu que sempre fui completamente avessa a esse tipo de recurso. E o meu divã, esse, transformou-se em um celular. Discussões, especulações, opiniões das mais diversas começaram a surgir. Máscaras de todos os tipos começaram a ser produzidas e o álcool gel passou a ser um dos personagens da nossa história atual. De repente, não mais que de repente, passamos a ser regidos por bandeiras! Tivemos que nos distanciar. Pessoas começaram a adoecer! Pessoas começaram a morrer!
E o tempo, o tempo foi passando! E nós, nos adaptando! A reclusão forçada pela Covid-19 começou então a trazer inúmeras críticas e desapontamentos, principalmente, quando percebemos que a solução não chegaria como um passe de mágica.
De repente, sem nenhum aviso prévio, fomos obrigados a mudar. De repente, não mais que de repente, a vida que tínhamos antes sumiu, desapareceu. Engraçada a vida. De alguma forma ela deu um jeito de nos lembrar de outros valores, talvez esquecidos em nosso tempo, de que somos humanos e que “o controle, o controle de tudo”, esse sim está totalmente fora do nosso controle.
Andrew Solomonn, professor de Psicologia Clínica no Columbia University Medical Center e escritor premiado da obra “O demônio do Meio-Dia: Uma Anatomia da Depressão”, foi um dos conferencistas no Fronteiras do Pensamento de Porto Alegre neste ano. No evento, que ocorreu on-line, Solomonn foi questionado sobre a possibilidade de haver algum aspecto positivo na pandemia. O escritor afirmou que a redução no ritmo de vida foi uma lição moral profunda. E trouxe a seguinte reflexão: Quando tudo isso acabar, você voltará a passar o tempo todo fora de casa? Você seguirá agindo da mesma forma? Será que seguiremos os mesmos? Solomonn acredita que não. Que, no final das contas, ficar com a família e com aqueles que amamos é a melhor forma de aproveitar os anos restantes.
O fato é que, querendo ou não, os meses passaram e a Covid não passou até agora. Embora saibamos mais sobre ele e sobre as vacinas que deverão chegar, seguimos repletos de incertezas. Seguimos sem saber até quando? Portanto, Senhor Tempo, como diz Caetano, tu que és um senhor tão bonito, vou te fazer um pedido, compositor de destinos, que ainda seja possível! Que seja possível nos reunirmos! Pois ainda assim, Senhor Tempo, apesar de tudo, ainda assim eu acredito!

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