COVID-19
Atividades serão suspensas das 22h às 5h em todo o Estado
por Melissa Louçan
Com o agravamento dos casos de contaminação por covid-19 e consequentes hospitalizações, o Governo do Estado anunciou uma série de medidas que valem a partir de amanhã, como a suspensão geral de atividades das 22h às 5h em todo o território estadual. Neste cenário, na 42ª semana do modelo de Distanciamento Controlado, Bagé saiu da classificação de bandeira laranja, que ocupava há quatro rodadas, e recebeu o estados de risco alto de contaminação de bandeira vermelha.
Este é o maior índice de classificação em bandeira preta desde o início da pandemia - 68% da população gaúcha está em bandeira preta. Nas rodadas anteriores, apenas duas regiões - Bagé e Pelotas na 32ª semana (de 15 a 21 de dezembro) - haviam sido classificadas em risco altíssimo concomitantemente.
Durante uma live, no início da noite de ontem, o governador Eduardo Leite anunciou as bandeiras e algumas medidas que serão aplicadas para intensificar os cuidados contra novas contaminações nas próximas semanas. Uma das medidas é a suspensão geral de atividades, valendo a partir de amanhã até 1º de março, das 22h às 5h. A medida deve ser detalhada em um decreto que será publicado amanhã.
O governador também aconselhou a suspensão das atividades presenciais nas escolas em regiões de bandeira preta, que seriam retomadas na próxima semana. Nas áreas de bandeira vermelha – caso de Bagé - as aulas devem ser retomadas normalmente, dentro dos protocolos previamente estabelecidos.
Leite apontou um “agravamento claro, nítido, da situação do coronavírus no Rio Grande do Sul”, já que a situação indica um crescimento do número de casos muito mais rápido que nas situações anteriores e indicou que este é "sem dúvida nenhuma, o pior momento que tivemos".
No momento, mais de 80% das UTI’s no estado estão ocupadas, com uma taxa de crescimento duas vezes superior aos níveis dos ciclos anteriores. Além disso, foi observada uma diferença no perfil de pacientes hospitalizados, com maior registro de pacientes jovens, sem comorbidades. “O que pode significar que não se trata apenas de protegermos as pessoas do grupo de risco. A doença está acometendo pessoas fora da faixa de risco”, apontou.