Segurança
Denúncias de violência financeira e maus-tratos contra idosos aumentam durante pandemia
por Rochele Barbosa
O Junho Violeta é um mês de mobilização da sociedade para a proteção das pessoas idosas. Conforme dados do Disque 100, que recebe denúncias de violações de Direitos Humanos, o número de denúncias de violência e de maus-tratos contra a pessoa idosa cresceu 59% no Brasil durante a pandemia. A negligência, a violência psicológica e o abuso financeiro ou econômico estão entre as violências mais praticadas.
Em Bagé, de acordo com titular do Cartório do Idoso da Segunda Delegacia de Polícia Civil, comissário Eduardo De Bem, os números realmente aumentaram, sendo registrados, até o momento, 31 denúncias de maus-tratos e estelionato sofrido por idosos. “Temos casos que vamos averiguar e não são verdadeiros, o que prejudica o trabalho, geralmente do Disque 100, não sabemos porque acontecem esses 'trotes', já os registros efetuados nas delegacias, e até mesmo online, são verdadeiros”, explicou.
No 15 de junho, Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, foi oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2021, após solicitação da Rede Internacional de Prevenção ao Abuso de Idosos (Inpea), que estabeleceu a comemoração em 15 junho de 2006. No Brasil, 20% dos lares têm na pessoa idosa a principal fonte de renda da família, no caso dos vulneráveis o torna ainda mais suscetível à violência doméstica. “Sabemos o quanto o preconceito contra idosos cresceu na pandemia. Foram as primeiras vítimas do vírus, com suas comorbidades muitas vezes precoces, produto de uma vida de privações. Cabe ressaltar que, no âmbito da administração pública, um número significativo de iniciativas já implementadas, dizem respeito ao zelo que a família, a sociedade e o Estado devem à pessoa idosa”, disse a Secretária Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Regina Becker.
Rede de proteção
O preconceito contra idosos cresceu na pandemia, pois foram as primeiras vítimas do vírus, com suas comorbidades muitas vezes precoces, produto de uma vida de privações. Cabe ressaltar que, no âmbito da administração pública, um número significativo de iniciativas já implementadas, dizem respeito ao zelo que a família, a sociedade e o Estado devem à pessoa idosa.
Também o governo federal lançou em 2020 o Pacto Nacional de Implementação da Política de Direitos da Pessoa Idosa, ao qual o Rio Grande do Sul foi o primeiro a aderir.