Campo e Negócios
Preço dos alimentos sobe 30% em todo o mundo
Alternativa tem sido trocar alguns produtos durante as compras
por Redação JM
O preço dos alimentos não está surpreendendo apenas brasileiros, mas pessoas de todo o mundo. É isso o que aponta a Organização das Nações Unidas para a Alimentação de Agricultura (FAO).
Segundo estudo da organização, divulgado em agosto, o mês de julho registrou um aumento global de 31% no preço dos alimentos com relação a 2020. Por isso, o momento é de preocupação, ainda mais porque parte da população perdeu renda durante a pandemia.
Explicações para a inflação global
A inflação ocorre quando existe o aumento da demanda por um produto ou, ainda, a diminuição da oferta. Em tempos de incerteza econômica, como o atual, é difícil pensar que as pessoas estejam consumindo mais. Por isso, é necessário analisar a situação de forma mais macro.
Ainda que o Brasil não tenha se recuperado dos efeitos da pandemia, outros países já estão seguindo em frente. Esse é o caso da China e dos Estados Unidos, país que demandam um grande volume de produtos por conta da grande população. Como essas nações estão apresentando sinais de melhora econômica, as populações estão voltando a aumentar o consumo - levando a inflação para o alto.
Além disso, existem explicações locais para o aumento dos preços. O Brasil, por exemplo, é um grande exportador de alimentos e, por causa da diferença cambial, tem sido beneficiado. Ou seja, outros países preferem comprar os produtos brasileiros por serem mais baratos. No entanto, o aumento das exportações diminui a oferta para consumo interno, o que também leva ao aumento dos preços.
Outra situação que afetou os preços recentemente foram as geadas. O frio intenso prejudicou produções no Sul e Sudeste. Como os grãos foram bastante afetados, e eles são usados nas rações, ocorreu um efeito dominó. As rações se tornaram mais caras e elevaram os preços das carnes bovinas e de frango.
Consumidor tem buscado alternativas
Diante do cenário atual, os consumidores brasileiros estão optando cada vez mais por analisar os preços cobrados nos supermercados. O paladar tem dado espaço ao que cabe no bolso, já que grande parte dos produtos sofreram mais com a inflação.
A carne bovina, por exemplo, aumentou 40% em 12 meses, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já a de porco também subiu na mesma proporção, porém, como costumava ser mais barata antes se manteve. Então, quem não cogitava levar um pedaço de carne de porco pode considerar agora, uma vez que o preço pode fazer a diferença no orçamento.
Segundo informações atualizadas do Folheto do Atacadão, um kilo de bisteca suína pode sair por R$ 16,30. Por sua vez, o kilo do colchão mole no Folheto do Extra tem custado R$ 26. A diferença de R$10 pode ser ainda maior quando se considera uma compra padrão do brasileiro para quinze dias ou até um mês. Ou seja, quanto mais produtos se coloca no carrinho, maior pode ser o impacto de fazer determinadas escolhas. Até porque, ainda não existe previsão para que haja um recuo nos preços dos alimentos.
Portanto, enquanto os valores assustam consumidores de todo o mundo, a única alternativa é analisar as opções, fazer as contas e optar pelo que estiver mais barato.