Esportes
Julgamento define futuro jalde-negro nesta terça-feira
por Yuri Cougo Dias
Tudo ficou para o tribunal. Com a derrota por 3 a 1 para o Lajeadense, na tarde de domingo (17), no estádio Pedra Moura, aliada a vitória do São Gabriel, por 2 a 1, sobre o Inter-SM, o Bagé depende única e exclusivamente da absolvição da 4ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Em caso de condenação, pela acusação de escalação irregular de atletas em três jogos, o jalde-negro perderá 12 pontos e estará rebaixado para a Terceirona de 2022. A sessão extraordinária acontece nesta terça-feira (19), às 15h, com transmissão no YouTube, e definirá o futuro do Bagé.
O julgamento estava previsto para quinta-feira passada, contudo, foi adiado em razão do São Gabriel ter entregue, já na véspera, mais de 100 folhas. Então, o TJD remarcou para esta terça-feira, de modo que a documentação fosse analisada. O jalde-negro foi enquadrado no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode ser punido com a perda de 12 pontos, acompanhado por uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Para esclarecer a denúncia, é preciso, antes, entender o regulamento.
É permitida a utilização de até oito jogadores que tenham disputado a série A de algum estadual. E a denúncia contra o Bagé, movida pelo São Gabrel e oferecida pela Procuradoria do TJD, aponta que o clube teria usado nove jogadores, nessas circunstâncias, em três jogos: Lajeadense 1x0 Bagé (15 de agosto, 1ª rodada); Bagé 0x1 São Paulo-RG (19 de agosto, 2ª rodada) e Guarani-VA 1x2 Bagé (26 de agosto, 4ª rodada).
Conforme o art.214 do CBJD, a punição é de três pontos por cada jogo, mais os pontos que foram obtidos. No caso do Bagé, os 12 pontos são distribuídos da seguinte forma: nove pelos três jogos e os três da vitória sobre o Guarani-VA. A direção jalde-negra defende que essa irregularidade não se aplicaria ao Bagé, pois o atleta questionado pela denúncia atuou na fase “preliminar” da série A carioca, e não na fase principal.