MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Campo e Negócios

Uso do Dicamba é discutido na Câmara Setorial da Soja

Gerente técnico de soja para a América Latina da Bayer, Matheus Palhano, esclareceu que, desde 2018, a formulação do produto passou por alterações para evitar a volatilidade em até 85%

Em 27/10/2021 às 15:42h

por Redação JM

Uso do Dicamba é discutido na Câmara Setorial da Soja | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Fernando Dias/Especial JM

A possibilidade de haver a utilização do herbicida hormonal Dicamba na atual safra, que contará pela primeira vez com uma variedade de soja tolerante ao agrotóxico, motivou a realização de uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Soja nesta quarta-feira (27). A reunião foi convocada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a pedido da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/RS).

“A Secretaria está atenta às reivindicações do setor produtivo e, desde 2019, já publicou várias Instruções Normativas regulamentando o uso dos defensivos no Estado. Esta reunião na Câmara vem para dar voz, vez e oportunidade para que todos os representantes do setor possam se manifestar numa discussão técnica sobre a utilização do Dicamba e o fornecimento de insumos e fertilizantes no Rio Grande do Sul”, disse o secretário adjunto Luiz Fernando Rodriguez no início da reunião.

O vice-presidente da Aprosoja/RS, Luís Fernando Fucks, manifestou a preocupação da entidade sobre a utilização do Dicamba nesta safra no Estado. “Em visita técnica nos Estados Unidos, em 2018, foi observado que o Dicamba tem um grau de volatilidade muito alto, causando injúria na soja e se estendendo em múltiplas direções, devido à deriva. O temor da Aprosoja é que não temos cobertura de seguro para essa questão”, detalhou.

O gerente técnico de soja para a América Latina da Bayer, Matheus Palhano, esclareceu que, desde 2018, a formulação do produto passou por alterações para evitar a volatilidade em até 85%. “Glifosato continua sendo o produto principal para o manejo da lavoura de soja. O Dicamba atua no pré-plantio para áreas que realmente necessitem deste produto, para controle de buva, corda-de-viola e caruru. É uma utilização pontual, em situações específicas”, destacou.

Para o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, é preciso observar e ter cautela sobre o uso do Dicamba no Estado. “Mas não creio que a quantidade de lavouras de soja que o utilize será representativa esta safra”, avaliou. Esta percepção foi confirmada por um levantamento apresentado pelo chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da SEAPDR, Rafael Lima. De janeiro a setembro de 2021, foram comercializados 30.948 litros de Dicamba no Rio Grande do Sul, a 469 usuários distintos. A maior parte das aquisições foi de menos de 100 litros do produto. “A nosso ver, o produtor ainda está testando sua eficácia no manejo da lavoura”, pontuou Rafael.

Com os dados levantados, a Divisão fez um monitoramento com os produtores sobre a aplicação do Dicamba. “A bula do produto indica categoria de gotas extremamente grossas ou ultra grossas para sua aplicação, o que necessita de pontas específicas. No nosso monitoramento, identificamos que os produtores não estão sendo orientados sobre a ponta adequada para a aplicação do produto”, alertou. Outra questão identificada pelo levantamento foi a falta de conhecimento do próprio responsável técnico sobre o produto: receitas agronômicas indicavam o uso do Dicamba para combater ervas daninhas que contam com outros princípios ativos à disposição no mercado.

Sobre este assunto, a Câmara Setorial determinou os seguintes encaminhamentos: solicitação para que a Bayer conduza mais estudos sobre o uso do Dicamba no Brasil, junto à Embrapa ou outras entidades de pesquisa; atualização das bulas com informações sobre as pontas de aplicação homologadas; necessidade de ampliar capacitação de produtores e aplicadores; inserção do uso do Dicamba como pauta da próxima reunião da Câmara Setorial Nacional da Soja; e encaminhamento de ofício aos conselhos profissionais dos responsáveis técnicos por prescreverem esse tipo de produto, para que promovam treinamentos entre seus associados.

Conjuntura da distribuição de insumos e fertilizantes

Outro ponto de preocupação para o setor produtivo, o temor de escassez de insumos agrícolas, como defensivos químicos e fertilizantes, foi a segunda pauta de reunião proposta pela Aprosoja/RS. “Até conseguimos lidar com a falta desses insumos no início do plantio, mas não no período de desenvolvimento vegetativo até a floração, quando precisamos principalmente dos fungicidas e inseticidas”, alertou Fucks.

A diretora da divisão de defensivos químicos da Croplife Brasil, Andreza Martinez, explicou que a escassez se deve ao panorama mundial de pandemia e restrições energéticas enfrentadas pelos setores industriais e de mineração na China. “É um problema sistêmico e global. E mesmo o mercado de defensivos químicos no Brasil, mais de 60% dos componentes são importados, majoritariamente da China”, detalhou.

Como encaminhamento, ficou definido levar à Câmara Setorial nacional a discussão sobre a reativação das indústrias nacionais de insumos e fertilizantes, de forma a reduzir a dependência dos produtos importados.

Vazio sanitário para a safra 2022/2023

O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Ricardo Felicetti, apresentou uma proposta de vazio sanitário a ser cumprido a partir da safra 2022/2023. Os integrantes da Câmara Setorial vão sugerir modificações até a próxima reunião, marcada para início de dezembro, quando o calendário deve ser finalizado, para ser encaminhado ao Ministério da Agricultura até 31 de dezembro.

Participaram da reunião representantes das seguintes entidades: Aprosoja/RS, Andav, Aenda, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Noroeste do Rio Grande do Sul (Aenorgs), Bayer, CropLife Brasil, Emater/RS-Ascar, Famurs, Farsul, Fecoagro, Ministério da Agricultura, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sicredi.

Galeria de Imagens
Leia também em Campo e Negócios
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br