Campo e Negócios
Comunidade Quilombola de Palmas participa de diagnóstico do Estado
por Redação JM
Na terça-feira, dia 5, a Comunidade Quilombola de Palmas participou de um diagnóstico sobre aspectos sociais, econômicos e produtivos da localidade, elaborado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) em parceria com a Emater/RS-Ascar. Organizadas em um questionário, as perguntas foram conduzidas pelos extensionistas rurais Ana Rosa Sonaglio e Alexandre Alves.
Com o objetivo de formular e operar políticas públicas eficientes ao público de assentados, pescadores, aquicultura, indígenas e quilombolas, o diagnóstico visa levantar dados sobre o público, como a quantidade de pessoas, suas localidades, as atividades que produzem, qualidade de vida e as dificuldades que enfrentam, entre outros aspectos.
Em relação à comunidade quilombola, os dados estavam desatualizados há mais de 20 anos, com o último diagnóstico realizado pelo Programa RS Rural. Desta forma, a pesquisa destinada às comunidades remanescentes de quilombos certificados pelo Rio Grande do Sul procura viabilizar a construção de projetos de apoio, busca de recursos financeiros e formulação de políticas públicas.
O questionário aplicado na Comunidade Quilombola de Palmas foi dividido em três etapas, sendo a primeira um diagnóstico em grupo sobre as informações da localidade, como a quantidade de famílias e culturas trabalhadas, entre outras. A segunda, com questões qualitativas à organização social, econômica, produtiva e acesso ao território, a infraestrutura social e familiar, bem como perguntas sobre saúde, educação e o patrimônio social. Por último, os participantes responderam a um questionário individual sobre aspectos gerais da comunidade.
Segundo o presidente da Associação da Comunidade Quilombola de Palmas, Leomar Alves, o diagnóstico se torna importante ao viabilizar o diálogo entre a localidade e o poder público. “Temos a oportunidade de relatar os problemas que sozinhos não conseguimos resolver, detectar e superar também. Deveria ser mais frequente, para conseguirmos acompanhar a modernidade que chega. Com a comunidade sozinha se torna difícil ter a tecnologia e evoluir, até mesmo na forma de produzir”, analisa Alves.
A extensionista Ana Rosa relata que o dia contou com muita integração, troca de experiências, sugestões e análise de como melhorar a produtividade e a venda do que é produzido na comunidade. “Trabalhamos com a sugestão de outras atividades a serem desenvolvidas para comercialização e valorização do produto através da apresentação. Avaliamos que os produtos da comunidade têm muita qualidade, mas precisam melhorar a forma de apresentação ao consumidor, de maneira que consigam agregar valor aos produtos e renda às famílias”, informa a extensionista.