Segurança
Júri popular ouve testemunhas de crime ocorrido em 2009
por Rochele Barbosa
Começou na manhã desta quarta-feira, 27, o júri de quatro réus acusados de serem executores e mandantes da morte do empresário Márcio Juliano Ceolin. O crime ocorreu em 17 de abril de 2009. Foram ouvidas sete testemunhas de acusação até o meio da tarde e depois a juíza presidente do julgamento, Paula Machado Aberto Ferraz, começou as oitivas das testemunhas de defesa. Até o início da noite, haviam sido ouvidas cinco testemunhas da defesa dos acusados de mandar executar o crime, sendo uma testemunha do réu de 61 anos (que não está no local) e quatro do réu de 51 anos.
Os depoimentos se concentraram em contar como eram as condutas de vítima e réus, explicando o acontecimento. Os trabalhos começaram às 8h30, tendo sete jurados sorteados e serão retomados na manhã desta quinta-feira, 28.
Segundo a sentença de pronúncia proferida na época, pelo juiz Marcos Danilo Edon Franco, no dia 17 de abril de 2009, por volta das 23h, na rua Coronel Azambuja, "os denunciados, de 35 e 46 anos, em comunhão de vontades e conjugação de esforços, mediante paga ou promessa de recompensa oferecida pelos denunciados de 61 e 51 anos, e por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima, desferindo disparo de arma de fogo (não apreendida), mataram Márcio Juliano Ceolin, atingindo-o no tórax e causando-lhe a morte por hemorragia interna decorrente à perfuração cardíaca, conforme descrito no auto de necropsia".
Para a perpetração do delito, frisa a denúncia, "o denunciado de 35 anos, adredemente ajustado com o de 46 anos, que lhe ofereceu a quantia em dinheiro de R$ 2 mil para executar o crime (paga ou promessa de recompensa), deslocou-se até ponto próximo à residência da vítima em mototáxi, enquanto o codenunciado ficou aguardando-o no Bar Aconchego's', conhecido como 'Bar do Amassado'. Chegando à casa da vítima, o acusado de 35 anos, já com a arma em punho, bateu à porta e tomou o ofendido de inopino (recurso que dificultou a defesa da vítima), uma vez que efetuou o tiro no momento em que ele abriu o postigo para atendê-lo. Executado o crime ele retornou ao 'Bar do Amassado' e, após anunciar o 'serviço feito' a seu comparsa, recebeu o montante prometido".