Mundo
Comunidades Israelita e Palestina de Bagé se manifestam sobre conflito na Faixa de Gaza
por Samuel da Rosa
O mundo tem presenciado a grande escalada dos conflitos envolvendo Israel e Palestina. Em Bagé, representantes de comunidades Palestinas e Israelenses, falaram sobre os conflitos iniciados no final de semana e divergem em relação aos interesses reais da guerra no Oriente Médio, que teve, agora, um dos capítulos mais cruéis da sua história. De acordo com o site da Agência Brasil, cerca de mil brasileiros aguardam retorno ao país.
O JM conversou com um dos líderes da comunidade palestina de Bagé, o empresário Nasser Yussuf, que relatou acompanhar o conflito. Ele frisou que não concorda com o massacre de civis, porém destacou que a causa palestina é justa e que considera o Estado de Israel como “supremacista”. “Esse é um estado artificial criado baseado no racismo e na supremacia branca. Se criou apartheid na Palestina de quarenta e oito para cá. Vários conflitos. Existe a ausência de água, energia elétrica, comida, medicamentos e outros tipos de necessidades básicas do ser humano. O que fizeram, nós somos contra sim. Nós somos contra o assassinato de civis. Ninguém apoia isso, mas é legítima a luta do povo palestino”, afirma.
Segundo Nasser, o conflito é uma resposta do que o povo palestino vem sofrendo ao longo dos anos, com os pesados embargos que são impostos ao povo, mas ele tem esperanças que o conflito não se extenda e que a comuinidade internacional pressione para um acordo. “Porque não seria bom para nenhum dos povos que a comunidade internacional resolvesse a questão palestina, com retorno dos refugiados, o desmantelamento das colônias israelenses das terras palestinas, a libertação de todos os presos políticos. A nossa expectativa é que haja uma mudança. Se não houver justiça em relação à questão palestina, nunca haverá paz”, destaca. Para ele, a luta pela questão palestina é “legal, legítima e moral”, porém confessa a sua preocupação com seus familiares residentes na zona de conflito e, reconhece, está tentando fazer o retorno deles ao Brasil. “Não vamos divulgar, mas tem pessoas que já convocamos o Itamaraty para trazer eles para o Brasil. Estamos monitorando para que eles viessem para cá. Pela nossa experiência, em dois ou três dias para a guerra”, informa.
O que diz a comunidade Israelita?
Liderança da Sociedade Israelita de Bagé preferiu não conceder entrevista, pois a Federação Israelita do Rio Grande do Sul já emitiu uma nota oficial, mas o coordenador da comunidade, Aharon Nachshon, informalmente, disse que a intensão de Israel não é lutar contra o povo palestino. “A guerra de Israel é contra o terror, não contra palestinos, que são reféns do terror”, declara.
{AD-READ-3}Em nota, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul afirmou que repudia os atos que, segundo eles, são terroristas contra o povo de Israel. “A FIRS condena veementemente os ataques do grupo terrorista palestino Hamas ao território de Israel nesta manhã (sábado). A atividade terrorista criminosa, cujo o alvo foram civis judeus, foi repleta de atos de barbárie e violência. Israel tem o direito legítimo de se defender contra essa injustificada agressão. Prestamos solidariedade às vítimas do terror e aos seus familiares e votos de que a paz seja reestabelecida nessa guerra iniciada pelos terroristas”, diz a nota, assinada pelo presidente da FIRS, Marcio Chachamovich.