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Saúde

Parto humanizado foca no cuidado e respeito a fisiologia natural

Em 21/01/2024 às 00:05h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Parto humanizado foca no cuidado e respeito a fisiologia natural | Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Parto Humanizado - Foto: Marketing da SCCB/Especial JM

O parto humanizado é uma abordagem no processo de dar à luz, que coloca a mulher e suas necessidades no centro do cuidado, priorizando o respeito à fisiologia natural do parto e promovendo uma experiência mais personalizada e respeitosa. Essa abordagem busca proporcionar um ambiente mais acolhedor, empoderar a mulher durante o trabalho de parto e promover o bem-estar emocional, físico e psicológico da mãe e do bebê.

Os princípios do parto humanizado incluem o respeito à autonomia da mulher, a promoção de escolhas informadas, do uso de intervenções médicas, a presença de um acompanhante escolhido pela gestante, a liberdade de movimento durante o trabalho de parto e o estímulo ao contato pele a pele imediato entre mãe e bebê após o nascimento.

Esse modelo de cuidado visa criar um ambiente mais natural e menos medicalizado, proporcionando uma experiência mais positiva e respeitosa para a gestante. O parto humanizado não exclui a possibilidade de intervenções médicas quando necessário, mas busca garantir que essas intervenções sejam utilizadas de maneira criteriosa e respeitosa, respeitando os desejos e a autonomia da mulher.

A médica obstetra plantonista da Santa Casa de Caridade de Bagé, Scilla Lazzarotto Correia Lima, destaca que as palavras Parto Humanizado, parecem um pleonasmo, porque todo parto é humanizado, feito em humanos. “Esse conceito surgiu no momento que se modificou a visão de atendimento ao binômio mãe e filho, me arrisco a dizer trio, mãe, filho e pai. São medidas que olham a mulher como um todo. Com técnicas não invasivas”, explica.

A médica destaca que as técnicas incluem evitar episiotomia (só fazer quando necessário), ruptura de membranas para acelerar o parto, ocitocina de rotina (somente para corrigir as contrações quando necessário). “A mãe pode escolher sua posição de parir, seja na cama, de lado, na banqueta, no chuveiro ou em pé. Quem deve escolher é a mãe”, ressalta.

Outras situações são a permissão da presença do pai ou companheiro/companheira (por escolha é da mãe). Cortar o cordão umbilical após o mesmo parar de pulsar (entre 3 a 5 min). Mesmo quando o bebê nascer cansado, reanimá-lo ainda com o cordão ligado à mãe. Primeira hora junto da mãe. “Não usar palavras agressivas no período do trabalho de parto e parto. Ter uma equipe de apoio durante o trabalho de parto e parto. Se possível, do pai cortar o cordão umbilical. Mas, para conseguir sucesso no parto, deve haver um preparo, da parte do pré-natal para a mãe e seu companheiro poderem saber como acontece o trabalho de parto, e que ninguém está sofrendo, pelo contrário, as dores fazem parte do trabalho de parto”, conta.

Scila ainda garante que durante seus 25 anos de obstetrícia, houve uma grande mudança no atendimento do parto. “Os profissionais dessa área devem se atualizar com oficinas, trocas de experiências e muito conhecimento nessas novas técnicas”, salienta.

No primeiro dia de 2024, o primeiro Bebê bajeense a nascer foi Ismael, filho de Dyulia Moura de Oliveira da zona rural de Piratini e de Thalis Barbosa. Ismael nasceu de parto humanizado, pesando 3,380kg, às 16h58 do dia 1° de janeiro. A médica obstetra plantonista, Scilla, que auxiliou no trabalho de parto.

Assistência à mãe a ao bebê

O médico obstetra plantonista, rotineiro da maternidade de alto risco e médico do pré-natal de alto risco da Santa Casa, Pablo Umpierre, descreve que o parto humanizado não se refere ao parto natural ou normal. “Não é sobre parir em casa ou na banheira. A humanização não é sobre o tipo de parto ou sobre se há ou não intervenção médica. O termo humanizado está relacionado à assistência ao binômio mãe e bebê durante o parto normal ou parto cesariano, proporcionando o compartilhamento das decisões”, declara.

Na humanização do parto é importante sabermos do significado de parto ativo, em que a mulher, mãe, assume o protagonismo do parto, amparada por equipe multidisciplinar com o objetivo de manter um ambiente acolhedor, considerando os aspectos sociais, culturais e emocionais na assistência materna. Durante o parto ativo, a mãe tem consciência do seu corpo e segue seus

instintos e a fisiologia do trabalho de parto. Pode movimentar-se ativamente e adotar a posição que a permita sentir-se mais confortável. “A mulher tem a liberdade para fazer uso de todos os procedimentos médicos, se alguma complicação inesperada acontecer. As intervenções médicas, quando necessárias, costumam ser utilizadas para corrigir alguma intercorrência durante o trabalho de parto ou a pedido da mulher, como a realização de analgesia de parto. As indicações de procedimentos são discutidas com a parturiente para definição da melhor conduta a ser adotada no momento”, conta o médico.

Umpierre finaliza dizendo que o parto torna-se humanizado, independente de ser normal ou cesariano, quando há o atendimento por equipe multidisciplinar que entende a autonomia da mãe, respeitando seu corpo, suas emoções e suas vontades sem colocar em risco a vida da mulher e do bebê.

Santa Casa de Bagé

A Santa Casa de Caridade de Bagé está finalizando a obra de um novo Bloco Obstétrico com mais de 26 salas para que o parto humanizado seja uma rotina de cuidado e acolhimento das parturientes e seus bebês. Pois, este é um momento muito especial na vida delas e estamos preparando o melhor espaço que podemos para acolhê-las.

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