Cidade
Campanha mobiliza empresariado gaúcho contra proposta de aumento de tributos no RS
Tributação sobre itens como hortifruti passará para 12%
por Melissa Louçan
Diversas entidades representativas do comércio no Rio Grande do Sul uniram esforços, semana passada, na campanha "Não ao aumento. Sim ao alimento". Federação de Entidades Empresariais do RS- Fecomercio, Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio), entre outras, lideram esse movimento, alertando a população sobre o iminente aumento nos preços dos alimentos, previsto para entrar em vigor a partir do dia 1º de abril.
Segundo comunicado divulgado pelas entidades, a decisão do Governo do Estado em aumentar a carga tributária sobre itens essenciais da cesta básica, como frutas, verduras, leite, pão, carnes, ovos e demais produtos, terá impactos significativos. Isso não apenas encarecerá a alimentação dos gaúchos, mas também reduzirá a disponibilidade desses itens nas mesas das famílias e afetará a renda de milhares de produtores rurais.
O empresário Patrique Nicolini, diretor executivo da rede de supermercados Nicolini, expressou sua preocupação com a situação. Ele destaca itens da cesta básica que são tributados a 7%, passarão a ter 12% de tributação e produtos como o hortifruti, pão francês, que são isentos, que não têm tributos DCM, hoje, passarão a ter 12%. O empresário aponta que isto resultará em um significativo aumento de preços para o consumidor final e enfatiza que a medida impactará não apenas os consumidores, mas também os produtores, criando um ciclo negativo para a economia local.
Conforme Nicolini, as entidades envolvidas buscaram diversas formas de diálogo com o governo para evitar esse aumento, mas, até o momento, não obtiveram sucesso. Acreditam, diz ele, que a pressão pública seja fundamental para reverter essa decisão e garantir que não ocorram aumentos nos produtos essenciais à alimentação dos gaúchos.
Nicolini ressalta que o impacto abrange uma variedade de itens da cesta básica, como carne bovina, frango, suíno, peixe, erva mate, arroz, feijão, massa, óleo, farinha, café, margarina, além de frutas, verduras, legumes, ovos e pão francês. O aumento proposto, para 12%, representa um aumento significativo, afetando diretamente o orçamento das famílias gaúchas, conforme ele destaca: “O impacto é brutal. Ele (governo) está tirando o alimento da mesa do consumidor gaúcho”.