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JM: 30 ANOS

Primeira editora, Angelina Quintana recorda surgimento do Minuano

Série de reportagens, que inicia com essa entrevista, aborda os 30 de existência do JM

Em 02/04/2024 às 08:46h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Primeira editora, Angelina Quintana recorda surgimento do Minuano | JM: 30 ANOS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Jornalista era responsável pelas primeiras edições do veículo de comunicação | Foto: Melissa Louçan

A primeira edição do Jornal Minuano foi entregue para a comunidade de Bagé em 1º de abril de 1994, sendo editada pela jornalista Angelina Feltrin Quintana, a Fifa. Em entrevista especial ao JM para assinalar os 30 anos de fundação, recorda pontos fundamentais do surgimento do veículo de comunicação impresso mais tradicional da Campanha gaúcha.

Angelina conta que o jornal resultou da vontade de um grupo de amigos que sentiram a falta de um informativo dentro da comunidade, já que o extinto Correio do Sul havia fechado e não havia previsão de retorno. “Um empresário de Candiota propôs que fundássemos um jornal em Bagé para atender a região. Fizemos uma reunião aqui na minha casa, no escritório do meu pai, Justino Quintana. Na saída, o Gilmar (de Quadros) questionou porque não fazíamos nós um jornal com o investimento de alguém daqui? Eu, a relações públicas Maria José Ribeiro Duarte e o médico Antônio Padúa Duarte, concordamos na hora. Após algumas reuniões bem rápidas, em dezembro de 1993, o Gilmar trouxe a Leisa (Sória) para o comercial, e convidou o professor Brenorlei Silveira e a advogada Luciana para investir no projeto. O professor entrou com o dinheiro e nós com o trabalho”, contou.

A jornalista observa ainda que haviam dois nomes: Bageensidade e Minuano, que foi sugerido pela Maria José. “A primeira redação foi na garagem da Maria José, na General Osório, lá embaixo. As edições eram semanais, saiam às sextas feiras, com 12 páginas. Eu fazia as reportagens, com a colaboração das jornalistas Deva Heberlê e Stella Vasconcellos, o Gilmar na editoria social, Maria José no comercial, a Leisa vendia os anúncios, a Luciana coordenava a circulação e o dindo Brenorlei era o diretor. Eu redigia em casa e, de tarde, na terça-feira, fazíamos uma pré-edição, quarta-feira de manhã tinha que estar tudo pronto. Contamos ainda com o auxílio luxuoso do Jaime Bonatto, do Instituto de Menores, que colocou os funcionários João Antônio Machado e o Paulo Dornelles para compor e diagramar as matérias. O João Antônio digitava (nós não tínhamos computador) e o Paulinho recortava e colava nas páginas. Feito isso, mandávamos para Pelotas fazer o fotolito e imprimir. Na primeira edição, fomos a Pelotas, em dois carros, levar o material e trazer o Minuano número 1", recordou.
Fifa ainda acrescenta que o logo do Minuano foi elaborado pelo arquiteto José Tiaraju Nunes Costa Taborda e a foto de capa é do Euclides Araújo. 

A editora destaca que, antes de oferecer o projeto para o advogado Brenorlei Silveira, a equipe procurou a Urcamp, mas o reitor na época disse que iria abrir um jornal da universidade. “A gente entrava com o trabalho e ele com o capital, nós não recebíamos nada, foi por amor ao Jornalismo. A primeira edição sairia 18 de março, mas eu estava grávida do meu filho, José Gabriel, e aconteceu o acidente do meu sogro, Tarcísio Taborda, e a sua esposa, Neusa Silveira, no dia 12 de março. Ficamos muito abalados e tivemos que repensar a primeira edição, dedicando a página central ao historiador que acabara de falecer e que também era um entusiasta do projeto Minuano”, destacou.

Sobre a data de 1º de abril, Angelina conta que fez o editorial contando porque estava saindo neste dia. “Fiquei cinco meses à frente do Minuano, porque estava grávida, e não conseguia mais ficar nas madrugadas de quarta e quinta-feira fazendo o jornal", recorda.

Sobre a matéria de capa da primeira edição, tema polêmico até os dias atuais já que destacava que Bagé empoprecia, a jornalista destaca que o jornal começou já mostrando ao que veio. “Queríamos uma matéria forte. A escolha pela matéria de capa foi a tentativa de estampar o sentimento das ruas, que o vento precisava espalhar e, de preferência, varrer. O que não aconteceu, né? Naquela época, os bajeenses nutriam aquele velho 'tudo vai mal' como ouvimos agora, sempre atribuindo os problemas à conjuntura nacional. Aliado a isso, a comunidade começava a sentir a perda de arrecadação com as emancipações de Candiota e Hulha Negra, que representou a perda em torno de 30% de ICMS. A matéria teve o suporte técnico do Doutor Cláudio Ribeiro (Emater), analisando as raízes do modo de produção da economia bajeense. Muita gente torceu o nariz, mas o Minuano chegou independente. E forte”, enaltece.

Inclusive, a editora da época destaca que a frase dita pelo coordenador da Emater, Cláudio Ribeiro, enfatiza a importância da manchete de capa quando ele diz: “O nosso homem é muito individualista e precisamos trabalhar com isso. Além de tomarmos consciência da nossa situação: somos pobres”, contou.

Além da matéria da capa, Fifa ainda recorda que contaram com os articulistas Antônio Karam (já falecido) e a professora Elvira Nascimento (Mercinha). Tivemos edições que abordaram a questão dos arroios de Bagé, que foi muito importante, e também sobre os núcleos habitacionais que prometiam e não entregavam. O diretor do jornal não interferia nas matérias e conseguíamos colocar tudo que considerávamos importante noticiar”, salientou.

No editorial, Angelina complementou a matéria de capa, dizendo que o Minuano chegava numa sexta-feira de 1°de abril com o desafio de apresentar a verdade e espalhar as boas notícias. Eu dizia que Bagé não podia se recusar a crescer como se fosse a 'Terra do Nunca de Peter Pan', reforçando a fala do coordenador da Emater.

Após a venda do jornal para a Fundação Attila Taborda (FAT), em 1996, uma nova equipe assumiu os trabalhos, mas Angelina voltou para atuar como professora de Jornalismo da Urcamp, onde ficou de 1992 até 2006, atuando na formação de muitas turmas.

 

 

 

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