Esportes
Bagé x São Gabriel: o pontapé inicial na Divisão de Acesso
por Yuri Cougo Dias
Chegou o tão aguardado dia da estreia do Bagé no Gauchão A-2, a Divisão de Acesso. Depois do adiamento no final de semana (por conta das inscrições de atletas do adversário), o jalde-negro dá o pontapé inicial nesta terça-feira, 16, às 15h, diante do São Gabriel. O palco é o Estádio Pedra Moura. Em razão de punição, a partida terá que ocorrer com portões fechados. O torcedor não poderá acompanhar o jogo no estadio, no entanto, a garra em campo, típica no bairro Menino Deus, não faltará nessa competição que inicia, tão “peleada” como é a Divisão de Acesso. A partida também ganhou uma dramaticidade para o lado do São Gabriel visto que, até as 17h de segunda-feira, 15, possuía apenas oito jogadores com o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
As características da competição
Para muitos profissionais envolvidos com o futebol gaúcho, a Divisão de Acesso é a mais equilibrada das três séries do Rio Grande do Sul. Por isso, acaba tendo características peculiares, o que exige um entendimento que vai além de questões técnicas do jogo propriamente dito. O Bagé abriu a pré-temporada no dia 2 de março e o elenco de jogadores foi se formatando aos poucos, a medida que os jogadores que estavam emprestados para equipes que jogavam a Série A dos estaduais se apresentavam no Pedra Moura. O jalde-negro conta com 24 jogadores acertados.
Em razão da disponibilidade do elenco, que foi ocorrendo durante a própria pré-temporada, o técnico Alê Menezes precisou fazer algumas improvisações durantes os jogos-treinos. Entretanto, tudo dentro de um esquema tático e padrão de jogo que pretende adotar na competição. As improvisações, segundo ele, também serviram para simular possíveis situações que talvez sejam necessárias ao longo das rodadas, por conta das suspensões por cartões e lesões que os atletas poderão ter. “Jogaremos essa Divisão de Acesso num clima chuvoso e um inverno rigoroso. Os jogadores precisam estar preparados para as dificuldades. Mas independente de ser primeiro ou quarto colocado, o importante é se classificar. Depois, é outro campeonato”, enfatiza Alê.
Equilíbrio entre técnica e competitividade
A situação é compactuada pelo zagueiro do Bagé, Wagner Freitas. Inclusive, acrescenta, no argumento, a necessidade do time equilibrar os fatores de técnica e competitividade. “Não adianta ser muito técnica, mas com pouca competitividade. Mas também não dá para ser competitivo sem qualidade. O time que conseguir equilibrar melhor essas duas valências tem a chance maior de sucesso”, salienta.
Com relação ao chaveamento, Freitas teve apenas uma oportunidade na carreira de jogar no grupo B, que tem como foco as equipes da Metade Sul. No caso, foi pelo São Paulo de Rio Grande do Sul. “Nas outras vezes, foi no grupo A, conhecido pelas equipes da Serra e região Metropolitana. A dificuldade é imensa, independente do lado da chave que estiver. Os clubes já têm o DNA da Divisão de Acesso. Há vários times qualificados, mas também não estamos de bobos na história. As equipes terão um grande adversário pela frente”, frisa.
Decidir em casa ou fora
Nas duas vezes em que foi campeão da Divisão de Acesso – em 2019 (Ypiranga) e 2022 (Esportivo), Freitas conta que decidiu fora. Ao mesmo tempo que considera a importância do fator local, também aponta que nem sempre acaba sendo predominante. E isso tem a ver com a própria posição em que terminou a fase classificatória, evidenciando o argumento de que nem sempre a equipe que termina na primeira ou segunda posição da chave acaba, necessariamente, sendo a campeã ou obtendo o acesso. “Decidir em casa é sempre bom, mas também acredito que aquela mesma energia que está a teu favor pode virar contra. Isso é muito relativo. Hoje, o nosso objetivo maior é classificar. É um campeonato bem peculiar, difícil de cravar quem sobe ou quem desce. Foram 45 dias trabalhando duro, em busca da melhora física, tática, técnica e psicológica. Vamos fazer o nosso melhor e tudo começa contra o São Gabriel”, conclui.
FICHA TÉCNICA
BAGÉ X SÃO GABRIEL
Divisão de Acesso – 1ª rodada
16/04/2024 – 15h – Estádio Pedra Moura
BAGÉ – Tom (Régis), Felipe Cordeiro, Raúl, Wagner Freitas e Gustavo Nogy; Ben Hur, Alan Gonçalves (Makelele), William Bartholdy, Wallan Luan (Pablo Bueno) e Douglas Vargas; Mário César. Técnico: Alê Menezes.
ARBITRAGEM – Tiago Lemos Clasen, auxiliado por Paulo Ivan de Ávila da Silva e Rodrigo Maia Tedesco; João Pedro Ludtke Martins (4º árbitro)
ELENCO JALDE-NEGRO *
Goleiros - Tom, Régis e Rafael Dal Molin
Laterais – Felipe Cordeiro, Gabriel Biteco, Gustavo Nogy, Diego Hoffmann
Zagueiros – Raúl Rocha, Wagner Freitas, Diogo Rollo e Augusto Pedra
Volante – Ben Hur, Makelele, Alan Gonçalves
Meia – William Bartholdy, Leandro Canhoto, Fernandinho e Wendel Júnior (está no Votuporanguense)
Atacante – Wallan Luan, Douglas Vargas, Pablo Bueno, Vini Santos, Mário César, Alex Gonçalves
* Considerando nomes publicados no Boletim Informativo Diário (BID)
JOGOS (1ª RODADA)
SÁBADO (13)
Esportivo 0x0 Gaúcho
União Frederiquense 0x1 Brasil-FA
DOMINGO (14)
Veranópolis 0x1 Glória
Pelotas 0x1 Inter-SM
Aimoré 1x1 Lajeadense
Passo Fundo 2x1 Cruzeiro
TERÇA-FEIRA (16)
15h - Bagé x São Gabriel
15h - Futebol com Vida x Monsoon
GRUPOS
A - Brasil (Farroupilha), Cruzeiro (Cachoeirinha), Esportivo (Bento Gonçalves), Gaúcho (Passo Fundo), Glória (Vacaria), Passo Fundo, União Frederiquense (Frederico Westphalen) e Veranópolis
B – Bagé, Aimoré (São Leopoldo), Inter (Santa Maria), Pelotas, Lajeadense (Lajeado), Futebol com Vida (Viamão), Monsoon (Porto Alegre) e São Gabriel.
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REGULAMENTO - As equipes se enfrentam dentro do grupo, em turno e returno. Os quatro primeiros de cada chave avançam para as quartas de final, enquanto que o último colocado dos grupos são rebaixados à Terceirona do ano seguinte. Depois, quartas de final, semifinal e final. Os dois finalistas serão promovidos ao Gauchão de 2025.