Campo e Negócios
Trigo atinge 69% da área projetada para safra no RS
Região administrativa da Emater de Bagé deve cultivar mais de 150 mil hectares
por Redação JM
Com estimativa de produzir trigo em 1.312.488 hectares no Rio Grande do Sul, nos últimos dias o plantio avançou e atinge 69% da área projetara para o Estado nesta Safra. Progredindo de forma mais lenta em regiões com maior umidade relativa do ar e no solo e com mais intensidade onde não ocorreram chuvas, o plantio do trigo está atrasado, mas, de acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado quinta-feira, dia 4, pela Emater/RS-Ascar, há perspectiva de conclusão dentro do período definido no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
As baixas temperaturas nessa fase são favoráveis para a expressão de alto potencial produtivo do trigo, cujas últimas lavouras implantadas apresentam melhor emergência e estande de plantas. As geadas favorecem a sanidade da cultura, diminuindo a incidência de insetos e de doenças. Em relação ao controle de doenças foliares, iniciou a realização de aplicações preventivas. Houve necessidade de segundo manejo químico para controle de plantas nas áreas em que a dessecação foi realizada no início de junho.
Com estimativa de cultivo em 365.590 hectares na Safra 2024, a implantação da aveia branca foi finalizada, com atraso em relação ao planejado pelos produtores, devido à recorrência de chuvas no período e à falta de sol. Por outro lado, essa situação, de maneira geral, não deve impactar os tetos produtivos da cultura.
Na região
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a estimativa da área de cultivo é de 153.200 hectares. "A semeadura avançou pouco na Campanha. Os produtores de Aceguá e Bagé realizam atividades de preparo do solo para a implantação da cultura; nas partes baixas das lavouras, ainda não foi possível entrar com o maquinário devido ao excesso de umidade no solo. Em Caçapava do Sul, o plantio alcançou apenas 25% dos 2 mil hectares a serem cultivados; a previsão é de avanço significativo nos próximos dias, caso o clima continue seco. Em Candiota, o plantio alcançou 15% da área prevista de 2.700 hectares; muitos produtores relatam que a umidade no solo ainda se encontra elevada para a realização da semeadura", frisa o levantamento.
Já na Fronteira Oeste, em Alegrete, 50% da área total prevista de 25 mil hectares foi semeada. "Em Manoel Viana, os produtores aproveitaram o tempo firme para duplicar a área plantada, passando de 35% para 70% dos 12 mil hectares previstos. Em São Borja, os produtores relatam que o desenvolvimento das lavouras está muito satisfatório. Restam apenas 15% da área por semear no município, o que equivale a cerca de 4.500 hectares. As sementes salvas pelos produtores estão apresentando baixos percentuais de germinação, sendo necessário buscar esse insumo nas revendas e cooperativas para evitar problemas, como o baixo estande das lavouras ou mesmo a necessidade de replantio", conclui a Emater.