Fogo Cruzado
Prefeitos da região defendem flexibilizações
por Redação JM
Os prefeitos que compõem a Associação dos Municípios da Região Sudoeste do Estado (Assudoeste – Pampa Gaúcho) encaminharam, nesta semana, à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), uma solicitação para que e entidade interceda, junto ao governo estadual, para que restrições impostas para o combate ao coronavírus sejam flexibilizadas. O JM teve acesso ao encaminhamento
Inicialmente, o pedido, assinado pelos prefeitos de Aceguá, Marcus Vinícius Godoy de Aguiar, de Bagé, Divaldo Lara, de Caçapava do Sul, Giovani Amestoy da Silva, de Candiota, Luiz Carlos Folador, de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, de Hulha Negra, Renato Machado, e de Lavras do Sul, Sávio Prestes, reconhece a situação crítica que está sendo vivenciada pela saúde no Rio Grande do Sul e garante entender que a vida e saúde são soberanos. “E, mais do que isso: compreende muito bem o papel e também as responsabilidades dos Prefeitos, enquanto gestores da coisa comum, de sobremaneira devendo contribuir no combate e no enfrentamento dessa pandemia”, frisa o documento.
Na sequência, a entidade composta por prefeitos alerta, porém, que “não podemos deixar de conectar a renda das famílias com o resguardo da saúde, da sustentabilidade das pessoas e da própria arrecadação municipal” e frisa que “posiciona-se em defesa da economia municipal, enquanto representantes de Municípios de interior, cujo comércio local não essencial é formado, em sua maioria, por empresas de pequeno porte, não comumente frequentadas por grande número de pessoas e, que, em condições normais, não há presença de grande público, capaz de gerar aglomerações e maior risco de disseminação viral”.
Para a Assudoeste, é “inegável concluir que esse tipo de comerciante, que não é responsável diretamente pelas aglomerações, acaba sendo punido mais drasticamente do que o dono do supermercado de bebidas (exemplo hipotético) que gera, em tese, mais aglomeração”. E frisa, “em razão disso, a Assudoeste – Pampa Gaúcho entende que o Decreto Estadual acaba prejudicando, com maior peso, os municípios interioranos”.
Reconduzido à presidência da Assudoeste, o prefeito de Dom Pedrito destacou que o pequeno empreendedor está sendo demasiadamente prejudicado e isso poderá comprometer a existência desses estabelecimentos e, consequentemente, ocasionar o empobrecimento da população e da região. "A Assudoeste posiciona-se no sentido de respeito à decisão do Governador, que busca agir de forma responsável, porém ressalta entendimento de que alguns critérios adotados pelo Governo do Estado não observam a realidade da nossa região. Diante disso, o pleito da Assudoeste - Pampa Gaúcho é no sentido de que as normas sejam flexibilizadas para a região, para que possamos – e não fugiremos dessa responsabilidade – enfrentar a proliferação do vírus no que realmente salvará a nossa região", frisou Mário Augusto.