Memórias & Afetos
Memórias & Afetos
por Redação JM
Talheres de prata
Entrada no museu: 2023
Doação: Bernadete Nicoloso
Há muitos anos existem os talheres de prata e são conhecidos pela peculiaridade de sua história envolvendo veneno. Na era medieval, o estanho se popularizou por ter uma aparência requintada, passando a ser usado na fabricação de pratos, talheres e copos, porém se oxidava facilmente na presença de certos alimentos, e, muitas pessoas foram envenenadas durante suas refeições. Por sua vez, a prata se tornou conhecida por oxidar em presença de venenos. Em épocas de conflitos, o uso de talheres e taças de prata se tornou uma medida de segurança, pois oxidaria ao entrar em contato com venenos.
Por: Bernadete Nicoloso
“Na época de meu casamento, 1963, era costume os convidados enviarem os mais diversos presentes de prata aos noivos. Geralmente, eram comprados na Casa Grillo, loja considerada na cidade a de gosto mais refinado e que oferecia grande variedade de escolhas. Entre os presentes recebidos, esses talheres de prata resistiram ao tempo e se conservaram como novos. Então, pensei, por que não doar ao acervo do Museu Dom Diogo de Souza, para que mais olhos vissem e apreciassem as coisas lindas de um tempo? E logo tive a primeira resposta quando, ao visitar um Museu em outra cidade, meu sobrinho neto Mateus, disse: o Museu de Bagé é muito melhor, tem os talheres da nossa família, da Tia Dete. E gostaria, também, que os novos olhares soubessem que esses talheres fizeram parte de um dos dias mais felizes da minha vida, dia em que casei com José Fernando Paiva de Castro”.