Cidade
Número de mortes em Bagé cresce nos primeiros meses deste ano
por Jaqueline Muza
A rotina dos cemitérios de Bagé mudou desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado. Inicialmente, mesmo com o avanço da doença e a quantidade de óbitos pelo vírus, a média de mortes se mantinha estável, e apenas mudanças nos protocolos de enterro eram mais perceptíveis. Contudo, nos primeiros meses de 2021, houve uma elevação.
Conforme dados do site de transparência de Registro Civil, o total de mortes em Bagé no ano de 2019 chegou a 1.174 e, no ano passado, foram registradas 1. 162. Nesta primeira quinzena de 2021, por outro lado, o Cartório registrou 285 óbitos, enquanto nos três primeiros meses de 2020 havia chegado a 274.
De acordo com a titular do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, Lilian Gewehr, em março do ano passado foram registradas 93 mortes em Bagé e, agora, somente na primeira quinzena, este número chegou a 74 óbitos.
No cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé, este mês, em comparação a primeira quinzena de março do ano passado, por outro lado, o aumento ultrapassa 30%. Segundo o administrador do cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé, Everton Vidart, na primeira quinzena de março de 2020 foram registradas 46 mortes e, agora, 59. “Houve um aumento de óbitos por Covid, que tem outros protocolos para o enterro”, relata.
Vidart ressalta que, em janeiro de 2020, foram realizados 89 sepultamentos, enquanto em 2021 foram 86. Já fevereiro foram 71, em 2020, e 58 neste ano O administrador ressalta que em março e abril de 2020, em virtude do fechamento do comércio, houve uma diminuição no número de mortes por outras situações, como acidente, por exemplo. “As pessoas ficaram mais em casa”, avalia.
Segundo informações do Cartório, em janeiro de 2020 foram registradas, em Bagé, 108 mortes e, este ano, chegou a 126. Em fevereiro do ano passado, foram 73 óbitos e, agora, 85. Em todo o mês de março do ano passado, foram emitidas 94 certidões e, agora, até o dia 16 deste mês, 74.