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Opinião

Anos Dourados

por Greice Martins | Escritora

Em 17/06/2023 às 07:01h

por Redação JM

Anos Dourados | Opinião | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Arquivo Pessoal

Azafamas de modistas, cabeleireiras, joalheiros. Bagé estava no auge nos anos 1950, 60, 70. Eu era apresentada à sociedade, début, terminando o ginásio no Colégio Franciscano Espirito Santo. Festa de meus quinze anos. 

Bagé, expressiva cidade na fronteira do Uruguai, via repetir-se com gáudio o auge que tivera em tempos passados. Era famosa pelas mulheres, por sua beleza: terra de mulheres lindas e homens valentes, assim era conhecida em outros pagos. Sediava a exposição de gado mais importante do Sul do Brasil. Tinha avenidas largas com paralelepípedos, sendo cercada por lindos campos. Imponentes palacetes, educandários  famosos, professores renomados. Cidade orgulhosa do seu passado, plena de esperança no porvir. Dois principais times de futebol: Bagé e Guarani. Pelé exibiu-se em partida amistosa com o primeiro.

Este contexto fabuloso de contos de fadas era denominado anos dourados, e lembrado com suspiros de saudades por quem o vivenciou. Tínhamos modistas famosas, que buscavam as últimas novidades nas capitais do país e até no exterior: Montevidéu e Buenos Aires. Ercilita Silveira, Carminha Olle, Nair Barcellos e Tancredinho, Iracema Candiota, Jocely Fontana... os famosos ateliês recebiam nossas mães com hora marcada. A cabeleireira Maria Lídia, em cujo salon seu Manoel recebia as clientes, tinha horários disputadíssimos. As doceiras não tinham mãos a medir de tantas encomendas. Maria Torres e Juçara ponteavam. Ilma Olle e sua torta de coco, Zequinha e seus croquetes, Dona Mariquinhas e seus pasteis de Santa Clara, Loiraci Madeira entre tantas outras. Em Pelotas, cidade próxima, as Luschke, doceiras e decoradoras de eventos, também apareciam oferecendo seus préstimos. Outro personagem que marcava a paisagem humana da cidade era o Nazinho, que fazia visitas às damas da sociedade em busca de vestes das estações passadas para revendê-las às moças da Baixada, como era denominado o bas-fond de Bagé. Eram lindas, algumas estrangeiras. Em sua maioria trabalhavam no casarão conhecido como Sociedade dos Fazendeiros.    

As festas no Clube Comercial eram famosas. Por ocasião da Exposição de Gado, patrocinada pela Associação Rural, o Clube Comercial oferecia três bailes, sendo um de gala e dois de alta toilette. O primeiro era o Baile das Debutantes, onde as mocinhas eram apresentadas à sociedade. Quando completei 15 anos, minha mãe encomendou o vestido de debutante para Iracema e os outros dois para Ercilita e Carminha. O da festa de quinze anos para Nair. O de noivado foi para Jocely e de casamento para Ercilita. A mesma politica de boa convivência fez também com as doceiras em nossas festas. As bordadeiras, irmãs Medici e Mozinha Petry, de Pelotas, também marcaram esta época com suas mãos de ouro.

Meu pai era turfista e foi presidente do Novel Jockey Club de Bagé. Todos os anos iamos ao Rio de Janeiro assistir o Grande Prêmio Brasil, no Jockey Club Brasileiro. Elegância e beleza decoravam a Tribuna de Honra. Vi o Presidente JK adentrando, de fraque…Belos dias vividos naqueles anos dourados.

 

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