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Opinião

Palacete Pedro Osório

por Diones Franchi | Jornalista e Mestre em História

Em 12/08/2023 às 07:45h

por Redação JM

Palacete Pedro Osório | Opinião | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Mario Pereira/ Especial JM

O Palacete Pedro Osório é um prédio construído em 1901, no início do século 20, localizado em Bagé. Foi a residência do médico Dr. Pedrinho Osório (Pedro Luís Osório Filho) e de sua esposa, Dona Faustina Martins Contreiras. Seu estilo é eclético e apresenta elementos decorativos arquitetônicos que compreendem o neoclássico, grego e romano guarnecido de mármore, vitrais e ferro. Sua fachada é rica em ornamentos, destacando-se os portões, as grades e estátuas.

Nas portas, existem vidros monogramado com as iniciais P.O (Pedro Osório). No interior do prédio, destacam-se os ladrilhos de diversas cores e os forros altos em madeira. Todas as principais salas possuem lareiras importadas da Europa que mesclam mármore, azulejos, ferro, majólica, ônix e granito. Alguns ambientes tinham suas paredes originalmente revestidas em escaiolas, conservando azulejos portugueses com inspiração Art Nouveau, uma espécie de arte decorativa. Com salas de recepção e quartos para acomodar hóspedes, a casa conta com porão, soteia, mirante e um bosque.

Pedro Osório trouxe o modelo de seu palacete, baseado em duas versões, que seria de uma casa existente em Bolonha e também em Florença, na Itália, e a outra que seria uma réplica de um prédio em Paris, na França, próximo ao magazine Printempes (ao saltar da estação de Metrô – Porte Maillot), que também detalha as duas estátuas de cachorros, que são fundidas a ferro. As referidas estátuas são importadas de Paris, sendo colocadas no pórtico de entrada.

O idealizador era apaixonado por árvores, por isso junto ao Palacete plantou um bosque, com diversas espécies de plantas. Foram construídas uma gruta em arenito de Santa Tecla, de mais ou menos 3 metros de altura, que não existe mais.

Em junho de 1951, o então prefeito municipal Carlos Kluwe assinou uma ata, onde foi criado o Ginásio Municipal de Bagé, que funcionou inicialmente como Grupo Escolar Silveira Martins. O Palacete foi adquirido pela Prefeitura, sendo construído e anexado ao seu prédio a escola, juntamente com um auditório. No ano seguinte, o estabelecimento foi cedido ao Estado.

Em 11 de junho de 1954, o Ministério da Educação autorizou seu funcionamento como Ginásio Estadual de Bagé. Logo após, em 7 de outubro, passou a ser chamado de Colégio Estadual. Seu primeiro diretor foi José Barbosa, depois foi Sylvia Petrucci. As atividades começaram em 1° de março de 1954, se tornando um dos colégios mais tradicionais de Bagé. Em 19 de dezembro de 1966, o colégio foi denominado Carlos Kluwe.

Em 1999, foi construído um novo prédio para entrada da parte administrativa da escola, sendo as dependências do Palacete novamente administradas pela Prefeitura, até os dias de hoje.

Durante a Revolução de 1923, foi realizado, nas suas dependências, um encontro entre os chefes revolucionários e o ministro de guerra, general Fernando Setembrino de Carvalho. Essa Revolução foi um movimento armado que de uma lado lutavam os Chimangos partidário do então presidente do estado do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, que usavam no pescoço o lenço branco e do outro lado os maragatos, revolucionários que ao lado de Joaquim Francisco de Assis Brasil, usavam no pescoço o lenço vermelho.

Em uma das salas do Palacete, onde ficava o escritório, começaram as reuniões que resultaram na assinatura do documento de paz, oficializado no Castelo de Pedras Altas (Pacto de Pedras Altas). Por vários anos, funcionaram no local a direção do Colégio Estadual e a Secretaria de Cultura, abrigando atualmente a Secretaria de Turismo, sendo aberta ao público.

O Palacete Pedro Osório é uma construção tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul - IPHAE.

 

Referências:

- Fagundes, Elisabeth. Inventário Cultural de Bagé, 2012
- IPHAE - www.iphae.rs.gov.br

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